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Leia a nossa última edição #75

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Crônica: o sangue que corre nas veias é verde. Verde da esperança, verde do Boavista!

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Duas rodadas para o fim. Dois jogos em casa. Este que vos escreve, no dia 04/03, disse que o Boavista podia ser rebaixado para a segunda divisão do Cariocão naquele dia. Quiseram os deuses do futebol calar a boca do repórter que redigiu a matéria.

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Até então, a campanha do time saquaremense era a pior do torneio; o Boavista ocupava a última colocação do Campeonato Carioca 2023, com apenas dois pontos conquistados em nove partidas disputadas. Eram dois empates e sete derrotas, com apenas sete gols marcados e outros 20 sofridos. Um pífio aproveitamento de 7%.

No dia seguinte, esse que vos escreve voltou a esse portal para noticiar que a esperança estava mantida. O Verdão de Saquarema conseguira, contra o Nova Iguaçu, a primeira vitória do ano e ganhou sobrevida no torneio.

Foi nos pés de Pablo Augusto que veio a primeira vitória do Boavista no Campeonato Carioca. Foi o gol que tirou o alviverde da lanterna e deu sobrevida à equipe, que contou com a vitória do Botafogo sobre o Resende para manter pouco mais forte a chama.

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A missão, no entanto, seguia muito difícil. Perder para o Volta Redonda, equipe que venceu Vasco e Fluminense e que tinha encaminhada a classificação para as semifinais do Cariocão, era um cenário mais que possível e que poderia sacramentar a queda. Mas o sangue que corria nas veias dos atletas do Boavista não era mais vermelho, era verde. Da cor do time. Da cor da esperança.

Jogando em casa, o Boavista torcia para que o Resende, pelo menos, empatasse com o Audax para poder ter o “luxo” de empatar ou perder do Volta Redonda. O primeiro baque veio aos oito minutos do primeiro tempo: Luizinho marcou o primeiro tento do Tricolor de Aço.

Era hora de juntar os cacos. Juntar forças junto à pouca torcida que cerrava fileiras no Elcyr Mendonça. Colocar a cabeça no lugar e focar. Aos 42′, ainda da primeira etapa, a recompensa: Peu, de primeira, balançou a rede e fez o time descer para o intervalo pouco mais aliviado.

Logo no início do segundo tempo, no entanto, um balde de água fria: um belo gol de cabeça de Bruno Barra colocou o Voltaço à frente do marcador novamente. O time do Sul Fluminense continuou mandando na partida e ampliou aos 22′, com Luciano Naninho.

Cenário perfeito para o abatimento e inanição do time saquaremense. Mas lembra que eu falei que o sangue que corria nas veias não era mais vermelho, e sim verde? Verde da Esperança. Verde do Boavista, que não se deixou levar pelo placar desfavorável. Peu cobrou falta e Kevem descontou quatro minutos depois do tento do Volta Redonda. O Boavista estava, sim, na partida.

Nove minutos do segundo gol do Boavista, surge a informação de que o Audax abrira o placar contra o Resende. Se o cenário não era perfeito, era quase perfeito, porque mesmo com a derrota o Verdão de Saquarema se mantinha na elite do futebol carioca.

Mas quem disse que, apesar da derrota do Resende, o Boavista queria sair derrotado? Ao mesmo tempo em que saiu o gol do Audax, Kevem, de novo, aproveitou a sobra e empatou a partida. Podia não ser o desejado pelo torcedor saquaremense – que, obviamente, queria a vitória – mas era o necessário para por fim a um drama.

O Verdão ainda tentou virar o jogo. Os dois gols em nove minutos deram a confiança necessária para o time tentar buscar a virada. Acabou não vindo, mas o resultado era suficiente. O Boavista Sport Club segue na primeira divisão do Carioca 2023.

Resta, agora, que a direção do clube repense um planejamento para 2024. A hora de montá-lo é agora. O torcedor do Boavista não pode sofrer tanto quanto sofreu esse ano. O time já mostrou que tem potencial para brigar nas cabeças, como foi há alguns anos. Tem que se haver uma restruturação, uma busca de patrocínios que mantenham o Verdão de Saquarema atuando o ano todo. Futebol é mais do que bola rolando, é planejamento. Só chega ao sucesso quem se planeja.

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