Após matéria do ErreJota Notícias nesta terça (25) falando sobre o abaixo assinado realizado por estudantes PCDs e Neurodivergentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) pedindo mudanças no acesso para os campi da universidade em Niterói, a instituição solicitou direito de resposta para esclarecer as ações adotadas pela universidade.
Segue, abaixo, o texto enviado pela UFF na íntegra.
“A Universidade tem agido, nos últimos anos, para tornar o ambiente mais acessível à comunidade interna e externa.
Dentro da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES), destacamos a Secretaria de Acessibilidade e Inclusão – “Sensibiliza UFF”. A Secretaria objetiva contribuir, intermediar e assessorar os diversos setores da universidade em assuntos relativos à inclusão, acessibilidade e acompanhamento de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, altas habilidades, superdotação e demais situações de estudantes neurodivergentes. Algumas das ações promovidas pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão são: tradução e intérpretes de libras para a comunidade acadêmica, intermediação para a solicitação de mobiliário e material didático adaptado, bem como de recursos de tecnologia assistiva, profissionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE), editais para estudantes apoiadores, além de edital próprio para pessoas com deficiência. Também oferecemos, em parceria com a Divisão de Apoio Acadêmico (DAA/PROAES), atendimento pedagógico e orientação educacional a esses estudantes e às coordenações de cursos de graduação.
Como parte desse compromisso, a reitoria estabeleceu, em 2019, a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, conhecida como “UFF Acessível”, que tem atuado na promoção, monitoramento e assessoria das ações de acessibilidade das pessoas com deficiência de forma integrada com diversos setores da Universidade; e participou da elaboração e acompanhamento do Plano de Acessibilidade da UFF.
Embora compreendamos que a jornada rumo à total acessibilidade seja um processo contínuo, nossas estruturas estão sendo gradualmente adaptadas e os novos prédios foram concebidos de acordo com as normas técnicas vigentes que respeitam a acessibilidade. Esforços significativos têm sido empreendidos para tornar nossos espaços mais amigáveis para estudantes com mobilidade reduzida, inclusive com o projeto de veículo próprio para a locomoção desses estudantes dentro de alguns campi mais antigos. Além disso, para auxiliar na navegação e locomoção, foram instaladas pistas de piso tátil e adquiridos elevadores funcionais, proporcionando maior autonomia para todos os membros da comunidade universitária.
Ademais das iniciativas mencionadas acima, a reitoria tem levado à frente o projeto de criação de uma Coordenação de Equidade e Inclusão, no âmbito da PROAES, na qual, dentre os seus objetivos, encontram-se: articular as ações que garantam o direito à diversidade, promovam a pluralidade de ideias, ampliem a inclusão e contribuam para o fortalecimento de uma política universitária comprometida com a superação das desigualdades e o respeito às diferenças; desenvolver estudos para diagnóstico na área de acessibilidade e da educação especial na perspectiva inclusiva juntamente com as Coordenações de Cursos de graduação com vistas a estabelecer um melhor desenvolvimento acadêmico deste público-alvo; orientar a política de acessibilidade da instituição de acordo com as principais leis e normas sobre acessibilidade (ex.: Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Lei Brasileira de Inclusão), disponibilizar informações e dados a fim de cumprir a Política de Acessibilidade e Inclusão da Universidade Federal Fluminense, o Plano de Acessibilidade e Inclusão da UFF (Resolução CUV no 037/2019) e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
É importante ressaltar que, mesmo com as atuais limitações orçamentárias que enfrentamos, reforçamos que a acessibilidade permanece como uma prioridade em nossa gestão. Continuaremos buscando soluções inovadoras dentro das possibilidades financeiras, e ampliando esforços e parcerias para garantir um ambiente inclusivo para todos.”
