O prefeito de Maricá Fabiano Horta recebeu, nesta segunda (09), a maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), a Medalha Tiradentes. Após a cerimônia, presidida pelo deputado proponente Renato Machado (PT), o chefe do Executivo de Maricá concedeu entrevista e falou sobre a homenagem.
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Perguntado pela reportagem do ErreJota Notícias sobre seu futuro político, Fabiano deu uma pista do que pode vir a fazer após o término do mandato de prefeito de Maricá e disse que poderá contribuir com o Estado do Rio de Janeiro e/ou com o país.
VEJA A REPORTAGEM DA HOMENAGEM AO PREFEITO FABIANO HORTA:
Confira a entrevista na íntegra:
Como é para o senhor, depois de toda essa trajetória na política, recebeu essa honraria por parte do Palácio Tiradentes?
Feliz porque acho que a gente valoriza a atividade política como a atividade que transforma a cidade, transforma a vida das pessoas e quando você cumpre um ciclo, cumpre uma jornada e esse reconhecimento é dado, a gente fica feliz, mas ao mesmo tempo impulsionado sempre pela dinâmica de que é preciso romper os novos desafios, que é preciso estimular as pessoas a lutarem pelo mundo, por uma sociedade, por uma cidade mais igual, mais justa, mais fraterna e a gente faz isso nesse lugar: no Parlamento, faz isso nas ruas, faz isso na vida.
No seu discurso, o senhor falou na emancipação de Maricá: o que o senhor quer dizer com isso?
A cidade gera exemplos emancipatórios da vida humana. Você tem toda uma transformação da juventude ali com a possibilidade do acesso ao ensino superior, a renda como um valor importante garantida pela Renda Básica de Cidadania, o direito da liberdade do ir e vir, que a política do transporte de tarifa zero que a cidade construiu… Esse conjunto de coisas, de garantias de direitos, constrói um cenário emancipador para a Maricá, inspirador para que as cidades possam ser cidades que emancipem a dimensão humana da vida.
Aquele candidato a vereador que buscava o primeiro mandato, filho de um então presidente da Câmara de Maricá, pensava em um dia estar recebendo a principal comenda da Assembleia Legislativa?
Nem de longe pensava e vim para cá com esse senso hoje de contradição; uma homenagem do mundo da política, para a valorização da atividade política, e ao mesmo tempo isso recaindo sobre uma única figura. Eu não conseguia transpor a isso que não fosse pela dimensão de que ele representa um projeto de cidade, um projeto de emancipação das pessoas, um projeto de garantia de direitos. E eu estou feliz porque eu sei que o que se representa aqui hoje com essa medalha, no fundo, é o reconhecimento de uma cidade que se transformou e que tem inspirado outras cidades no Rio de Janeiro.
Está claro para todos o caminho que o senhor deve traçar no futuro; muito se fala de voos mais altos que o senhor deve alçar em breve. Quanto essa medalha valoriza a sua caminhada e o senhor acredita que essa medalha é mais uma estrela no caminho que se está traçando?
Eu sou daqueles que acreditam que a gente tem que fazer intensamente aquilo que a gente está vivendo. Eu tenho um ciclo ainda para se cumprir como prefeito, importante, necessário e prazeroso. Eu quero completar bem esse ciclo. Completado desse ciclo, aquilo que constrói sempre a minha referência, que é o coletivo de pessoas, que é o coletivo partidário, a gente vai estar sempre disposto a contribuir com a transformação, seja da cidade, seja do Estado, seja do Brasil.
O senhor destacou que não gosta de ser homenageado individualmente pelos seus feitos. Então deixa uma mensagem para o povo de Maricá em relação a essa sua homenagem recebida aqui hoje.
Agradeço muito a generosidade do povo de Maricá, vocês me conduziram por dois mandatos como vereador, no início de ciclo com o prefeito Quaquá, onde a gente sonhava junto com a transformação da cidade que a gente vive hoje e continua sonhando com essa cidade que continua inspirando. Vocês me recolocaram, me reconduziram na vereança, me levaram à Brasília como deputado federal, me levaram a ser prefeito, me reconduziram a ser prefeito. Eu queria agradecer muito essa generosidade e dizer que a minha vida sempre foi vinculada à transformação de Maricá, ao amor pelo território, à percepção da vida que havia naquele território que precisava desabrochar e que hoje, desabrochada, traz muita alegria, muita satisfação da gente perceber o quanto era importante e possível fazer a luta política.
