A Cedae e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizaram, na sexta-feira (29/6), na colônia penal agrícola de Magé, a cerimônia de formatura dos 30 alunos da segunda edição do curso de capacitação em restauração florestal para apenados que participam do Replantando Vida, programa socioambiental da Cedae com foco na recuperação ambiental e na ressocialização de apenados do sistema prisional do estado. Realizado na colônia penal de Magé, o curso teve o apoio da Seap e da Fundação Santa Cabrini, responsável pela gestão da mão de obra prisional no Estado do Rio de Janeiro.
– Estou com 26 anos e a Cedae me proporcionou a chance que nunca tive na rua, deixando minha família orgulhosa. Algo simples como tratar uma planta, mas que está me dando dignidade para mostrar à família que mudei – disse R., no sistema prisional há dois anos e quatro meses.
O curso de capacitação do Replantando Vida ofereceu conhecimentos técnico e prático nas diferentes fases da restauração florestal.
– A Cedae é hoje a empresa que mais emprega apenados no Estado do Rio de Janeiro. Para a maioria, este é o primeiro diploma que conquistam, e representa muito no processo de ressocialização – afirmou o presidente da Cedae, Jorge Briard.
Grade curricular – A grade curricular do curso foi elaborada aproveitando a experiência acadêmica dos professores voluntários, em consonância com as atividades desenvolvidas pelos apenados no programa Replantando Vida. O II curso de capacitação em restauração florestal teve sete módulos e carga horária de 122 horas, sendo 62 horas de aula teórica e 60 horas de prática.
– Este programa da Cedae abriu portas para que eu possa recomeçar de um jeito certo. Consigo agora enxergar tudo de modo diferente e ainda reduzo a minha pena – explicou B, de 30 anos e que está no sistema desde 2012.
O curso de capacitação em restauração florestal foi conduzido por 19 professores, pesquisadores e profissionais voluntários de diferentes instituições.
