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Entidades cobram apuração da morte de ativista em Maricá

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A morte do ativista Lucas dos Santos, de 23 anos, gerou indignação em entidades de ativismo político, que exigem a apuração da morte. Lucas foi baleado na noite deste domingo (03) durante uma troca de tiros entre traficantes rivais em São José do Imbassaí. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá.

Lucas não tinha nenhum envolvimento com o tráfico de drogas. Ele frequentava uma igreja evangélica na mesma comunidade em que morava. Suspeita-se de que ele tenha sido confundido com traficantes e, por isso, foi alvejado.

O presidente do diretório municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Alan Novais, emitiu nota exigindo a elucidação do caso. “Deixamos a nossa consternação com mais este crime bárbaro e exigimos que as autoridades competentes apurem com rigor”, diz o texto. “Nos solidarizamos com familiares, camaradas, unegrinas e unegrinos neste momento triste e difícil para todos nós”, comentou.

O comitê estadual do PCdoB também emitiu nota cobrando solução. “Lucas era um jovem negro e ativista da luta antirracista, infelizmente mais uma vítima da violência em nosso estado que tem ceifado vidas majoritariamente da juventude negra”, diz o texto, assinado pelo presidente em exercício Irapuan Santos.

“O Comitê Estadual do PCdoB exige apuração deste caso por parte das autoridades competentes e se solidariza com familiares e amigos nesta hora de dor e de despedida. Para nós a forma de homenagear este jovem lutador que foi arrancado da vida precocemente é seguir em frente com a luta em defesa da construção de uma sociedade mais justa e igualitária e no combate diuturnamente ao racismo”, completa o texto.

Nota assinada pela presidenta da União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO) Maricá, Mônica Gurjão, lamenta e cobra a apuração do caso. “Lucas dos Santos, (…) cheio de vida, de família, trabalhador, sem antecedentes criminais, religioso, ser humano maravilhoso, íntegro, guerreiro, se dedicou e contribuiu de forma relevante ao movimento negro e às causas sociais. Lucas foi mais uma vítima da violência crescente na cidade de Maricá. Enquanto sociedade civil, exigimos resposta das autoridades, com a adoção das medidas efetivas para acabar com a violência que destrói dia-a-dia vidas e famílias”, diz trecho da nota.

Lucas é o segundo militante da UNEGRO assassinado em menos de seis meses. “Em agosto de 2020 perdemos o Renan Eloy, também da UNEGRO Maricá. Isso não foi uma fatalidade, foi um crime, e como entidade queremos que se faça justiça, que as autoridades atuem para que outras vidas – sabemos que vidas negras e periféricas estão no topo das estatísticas de violência no país – sejam poupadas”.

A União da Juventude Socialista (UJS) de Maricá, movimento do qual Lucas também fazia parte, foi mais uma entidade da sociedade civil a lamentar a morte. “Mais um jovem preto é covardemente morto em nosso município. Até quando teremos que enfrentar a dor da perda? O Lucas é mais uma vítima desse sistema injusto, que mata todos os dias pobre e preto. O Lucas tinha sonhos, era trabalhador, honesto, gentil, prestativo e tantas outras qualidades que podíamos passar o dia citando”, pontuou.

A morte de Lucas dos Santos foi registrada na 82° DP – Maricá e será investigada pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG). Ainda não há informações acerca de velório e sepultamento.

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