A reportagem do ErreJota Notícias apurou com exclusividade que a morte de Priscila de Souza Valverde, de 31 anos, que morreu no mês passado em Itaipuaçu, não foi um atropelamento, como afirma a família da vítima. É o que atesta a delegada Carla Tavares, da 82° DP – Maricá.
Segundo a Delegada, o ex-marido, Vinícius Araújo de Oliveira, e Priscila haviam tido uma briga. Vinícius, então, pegou seu carro para sair do local da briga. Patrícia, para tentar impedir a saída do cônjuge, se jogou sob o capô do veículo. Nessa hora, o homem deu ré para forçar Patrícia a sair da frente do carro. Nesse momento, a vítima cai e bate violentamente com a cabeça no chão.
Carla Tavares informou ainda que Vinícius socorreu Priscila e a levou para o hospital. “Não dá nem pra dizer que foi um atropelamento. Não sei o que a família imaginou. O próprio autor quem socorreu ela, que se jogou em cima do carro. Ele pedia para ela parar, pois ela fazia escândalo, batendo no para-brisa do carro, quando se desequilibrou e caiu”, disse a delegada.
A delegada disse ainda que a família só informou o caso à polícia após a morte da jovem, o que teria atrasado e prejudicado a investigação.
A mãe da vítima, Hilda Valverde, disse a uma rede de TV que Vinícius supostamente deu duas versões sobre o ocorrido. “Ele disse para mim que ela tinha subido no capô do carro, caiu e bateu com a cabeça. Mas para outra pessoa, inclusive no Facebook, ele falou que ela ia atravessar a rua quando veio um carro, deu uma pancada nela e ela bateu com a cabeça no chão”, contou Hilda. Entretanto, uma câmera de segurança que registrou o acidente comprova a primeira versão relatada pelo ex-marido.
Vinícius foi indiciado por feminicídio com dolo eventual. Ele segue em liberdade enquanto o crime é analisado pelo Ministério Público. O MP pode pedir o arquivamento ou apresentar denúncia e pedido de prisão contra o autor.
