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Figurinha Repetida: Problemas com concessionárias de Barcas é caso antigo no Rio de Janeiro

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Na semana passada, a CCR Barcas queria reduzir os horários da atual grade por conta da falta de dinheiro, mas resolveu voltar atrás. Porém, prometeram encerrar totalmente as atividades no dia 03/03 caso não haja acordo com o Governo do Estado.

Apesar de parecer atual, o Governo do Estado do Rio de Janeiro já teve diversos problemas com o transporte aquaviário da Baía de Guanabara. Além da superlotação, barcas em péssimas condições, falta de repasses do Governo, empresas quiseram encerrar o contrato antes do término.

Um dos casos mais antigos foi a empresa Transtur, concessionária que administrava viagens e duelava diretamente com as Barcas S/A. Seu preço era mais caro, mas funcionava. Enquanto o Catamarã fazia a travessia em 40 minutos, os barcos da conhecida Jumbo Cat atravessava a Baía em apenas 6 minutos; marca não realizada até hoje por nenhuma concessionária. A Jumbo Cat tinha Ar condicionado, TV, música e muito conforto, diferente das Barcas S/A.

Jumbo Cat I chegando em Niterói. Foto/Reprodução- Histórias das Barcas (Facebook)

A empresa começou a perder o faturamento por conta da gratuidade do Rio Card. Idosos, deficientes e estudantes tinham direito a gratuidade no transporte, mas era de reponsabilidade do Estado o repasse do valor, pois a concessionária não podia ficar no prejuízo.

Porém, na época, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, não fez o repasse para a Transtur, que foi obrigada a deixar o transporte aquaviário na Baía.

A partir de então, as Barcas S/A ficou como única concessionária responsável pela travessia, entretanto, o transporte ficou ainda pior. Barcas ficavam a deriva, pessoas caiam na Baía por falta de segurança, rampas quebravam e barcas colidiam nas estações e até em navios que trafegavam pela Baía, devido a constantes falhas no motor.

Catamarã ficou à deriva na Baía de Guanabara e precisou de outra barca para retirar os passageiros. Foto/Reprodução- Portal do Arsenal

A Barcas S/A começou a ter problemas com a administração por falta de arrecadação, fora os repasses do governo. Foi ai que, em 2012, a CCR Barcas assumiu 80% das Barcas S/A. Milhões de reais foram investidos, obras na Estação Arariboia, Ilha de Paquetá, Cocotá, Praça XV e Charitas.

Mas a empresa também teve problemas com repasses do governo Carioca e quis encerrar o contrato. Em 2013, foram investidos R$39,5 milhões em aportes (26 milhões de reais em obras e 13,5 milhões de reais em equipamentos). Em 2014, foram R$21 milhões (11,6 milhões de reais em obras e 9,4 milhões de reais em equipamentos). Mas, a partir de 2015, o valor investido caiu para 8,6 milhões de reais (7,4 milhões de reais em obras e 1,2 milhão de reais em equipamentos), sinalizando problemas de arrecadação.

No mesmo ano, a concessionária informou ao Governo do Estado o interesse em devolver a concessão por conta de prejuízos nos 3 anos anteriores. No final de 2016, após uma drástica redução do quadro de funcionários, a empresa anunciou que desejava a rescisão do contrato com o governo estadual, alegando “descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente”.

Novas barcas foram compradas na gestão da CCR Barcas. Foto/Reprodução- Brasil de Fato

Após um impasse de meses, a Justiça do Rio de Janeiro anulou o contrato de concessão do serviço de barcas. A decisão foi anunciada na mesma semana em que o governo estadual divulgou novos estudos para linhas aquaviárias ligando a Praça XV à Duque de Caxias.

Agora, em 2023, a CCR Barcas já funciona sem contrato, pois foi encerrado em 11 de fevereiro. Segundo a concessionária, a empresa só tem dinheiro para até o dia 03/03 para funcionar da mesma forma, a partir dai encerra o serviço, e a população poderá ficar sem o transporte aquaviário, dependendo de ônibus para ir até o Rio de Janeiro.

*Estagiário sob supervisão de Lucas Nunes*

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