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Fiocruz diz que não é o momento de relaxar isolamento social

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defende em nota técnica, que o estado do Rio de Janeiro adote de forma rigorosa medidas de distanciamento social até que a situação da pandemia esteja sob controle no estado e municípios.

Para o vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Christovam Barcellos, que integra o grupo de trabalho sobre Cenários Epidemiológicos, ainda não é o momento de relaxar as medidas de isolamento no Rio.

“No momento, é intensificar as medidas de isolamento”, defende Barcellos, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

A nota técnica foi enviada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) em resposta a solicitação feita pelo órgão sobre medidas de distanciamento social no estado.

No documento, a Fiocruz enumera dimensões que devem ser levados em consideração para que as medidas sejam afrouxadas:

  • Se a pandemia está ou não controlada;
  • Se o sistema de saúde tem ou não capacidades para enfrentar um eventual surto de casos covid-19;
  • Se o sistema de vigilância em saúde tem ou não capacidade para detectar casos, incluindo assintomáticos, e membros da comunidade não-infectados, e realizar o manejo por meio das medidas de distanciamento social e quarentena, bem como prevenir novos surtos de casos.

Após analisar cada uma dessas dimensões, a conclusão é que há problemas relacionados aos registros de casos e óbitos e que não há clareza em relação às informações sobre filas, leitos hospitalares e unidades de terapia intensiva (UTIs), entre outros. Isso indica que a pandemia “não está sob controle” e que o sistema de saúde “não tem condições de responder tanto aos níveis atuais, como ao aumento do número de casos”.

Isolamento intermitente

De acordo com os pesquisadores, é importante que se faça uma análise ampla que considere não apenas o momento atual, mas um cenário de períodos intermitentes de distanciamento social adicionais até que a população desenvolva imunidade coletiva, seja por infecção ou por uma vacina. Essas medidas podem ainda durar por alguns anos.

Para o grupo de trabalho, intermitência do distanciamento social deve ser considerada “como o novo normal”. O grupo também defende que a discussão dos critérios para entrada e saída em cada um desses momentos, ao longo do tempo, deve ter “ampla participação da sociedade, que precisa estar bem informada e envolvida nesse processo, assim como da sociedade civil, de empresários, do setor público, do judiciário, do legislativo e das esferas de governo”, diz em nota a Fiocruz.

As medidas de distanciamento social devem estar combinadas ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), tanto nas suas capacidades de vigilância e controle da transmissão, como nas relacionadas à rede de saúde, incluindo leitos hospitalares e UTIs, por exemplo.

“As medidas de isolamento têm que ser seguidas de medidas de apoio social, para garantir renda mínima, principalmente para a população mais vulnerável, para incentivar que elas fiquem mais afastadas. Se tiver renda mínima suficiente, se tiver abastecimento de água, se não precisar ir pra rua para providenciar coisas – tudo tem que ser facilitado – se tiver acesso à internet, haverá incentivo para as pessoas ficarem em casa”, defende Barcellos.

De acordo com o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro divulgado nesta segunda-feira, o Rio registra 54.530 casos confirmados e 5.462 mortes por coronavírus no estado. Há ainda 1.288 óbitos em investigação.

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