Morreu nesta quarta-feira (30), o jornalista Luiz Antonio Mello. LAM, como era conhecido, morreu aos 70 anos, vítima de uma parada cardíaca. O jornalista estava internado no Hospital Icaraí e se recuperava de uma pancreatite. Figura importante para o município de Niterói, a prefeitura lamentou a morte do jornalista e decretou luto oficial de três dias.
Relação do jornalista com a Cidade Sorriso
Luiz Antonio Mello era um apaixonado por Niterói, por rock & roll e por jornalismo. Ele começou a carreira em 1971 no Jornal de Icaraí. Dez anos depois, ele foi o responsável por um dos veículos mais emblemáticos da comunicação brasileira: a criação, em Niterói, da Rádio Fluminense FM. A “Maldita” foi um marco que revelou grandes nomes da música, sobretudo da geração de ouro do rock brasileiro nos anos 80. Em 2005, fez parte da equipe que fundou a Bandnews FM no Rio de Janeiro.
LAM foi colunista dos jornais O Pasquim, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Jornal Opinião e Folha de Niterói. Desde 2021, era editor do jornal A Tribuna.
O jornalista ainda escreveu os livros “Nichteroy, Essa Doida Balzaca (1988); A Onda Maldita (1992); Torpedos de Itaipu (1995); Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996); Jornalismo na Prática (2006); e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).
História ao acesso de todos
No ano passado, chegou aos cinemas de todo o Brasil o filme “Aumenta que é Rock’n’Roll“, filme baseado no livro autobiográfico “A Onda Maldita”, de Luiz, interpretado pelo ator, Johnny Massaro. Na história, acompanhamos o nascimento da Rádio Fluminense FM, a “Maldita”, criada por Luiz em 1982, com o apoio do amigo Samuel Wainer Filho e mostra o dia a dia de um grupo de jovens sonhadores, que decidem ir contra a caretice das rádios da época e criar a primeira estação brasileira inteiramente dedicada ao rock. Logo após sair dos cinemas, a obra também foi incluída no catálogo do streaming, Globoplay.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves lamentou a morte do jornalista.
“Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme ‘Aumenta que isso aí é Rock and Roll’, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves.