O Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), em Niterói, foi palco da descoberta de duas novas espécies de árvores ameaçadas de extinção. Para isso, pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro oficializaram a descoberta na unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
As espécies descobertas, a Eugenia delicata e Eugenia superba – batizadas de uvaia-pitanga e cereja-amarela-de-niterói, são endêmicas dos municípios de Niterói e Maricá. A uvaia-pitanga tem cerca de seis exemplares espalhados pelo parque, enquanto a cereja-amarela-de-niterói conta com cerca de três.
De acordo com o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, “as unidades de conservação assumem um papel de protagonismo na proteção dos patrimônios ambientais fluminenses e descobertas como essa comprovam que nosso trabalho tem sido bem-sucedido nessa missão”.
“As descobertas mostram a importância das unidades de conservação estaduais que protegem as florestas urbanas do Rio de Janeiro. São matas riquíssimas que certamente abrigam muitas outras espécies ainda não descobertas pela ciência”, afirmou o pesquisador do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Thiago Fernandes.
As espécies tiveram exemplares coletados no parque durante um inventário florístico em 2008. Em 2022, os pesquisadores identificaram que não se tratava de uma árvore já registrada e, em fevereiro deste ano, publicaram o artigo científico que oficializou a descoberta no território fluminense.
As espécies inéditas contam com árvores altas, de 12 a 15 metros de altura. Além disso, ambas as espéies recém-descobertas produzem flores ornamentais e frutos comestíveis tanto para nós, quanto para a fauna local.
*estagiária sob supervisão de Raquel Morais
