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Pastor de Magé é preso suspeito de manter 10 pessoas em condição análoga à escravidão

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A Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (27/01) dois homens, entre eles um pastor, por manter cerca de 10 pessoas em condições análogas à escravidão, em Magé, na Baixada Fluminense.

Os homens foram identificados como Cristiano Santos da Silva e Gilberto Cabral Leão, responsáveis pelo local que mantinha idosos, pessoas vivendo com HIV e dependentes químicos em ambientes sujos e com estrutura precária. O caso é investigado pela 65ª DP (Magé).

O pastor considerava o local como uma “clínica”, e assim chamava. Mas os internos eram obrigados a trabalhar e ainda pagavam “aluguel” para permanecer no abrigo. Segundo o delegado responsável pelas investigações, João Luiz Garcia de Almeida e Costa, o local não tinha condições mínimas de higiene.

Os internos relataram que eram impedidos de visitarem seus familiares ou manter contato pelo menos por telefone. Caso desobedecessem às ordens dos responsáveis, os pacientes perdiam o direito de se alimentar e ficavam trancados em um quarto em condições sub-humanas.

Nos quartos, é possível observar colchões e lençóis sujos, com paredes rabiscadas e com manchas de sujeira. No espaço onde funcionava uma cozinha que não tinha janelas ou porta; havia uma geladeira enferrujada e com manchas escuras por dentro, além de algumas panelas.

Os internos foram levados ao hospital e após os exames, serão encaminhados à abrigos do governo. Já os acusados, eles foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.

*Estagiário sob supervisão de Raquel Morais*

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