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SG: sem verbas de mantenedores, Abrigo Cristo Redentor está sem operar

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Considerado um patrimônio de São Gonçalo, o Abrigo Cristo Redentor (ACR) está sem atuar. O local quase centenário, que já teve mais de 200 idosos abrigados, sofre com dívidas e problemas fiscais, que o impede de receber verbas e manter a obra social ativa.

Segundo Ademir Corrêa, Diretor Suplente do Abrigo, a instituição que atende a Prefeitura de São Gonçalo e o Governo do Estado, está, há pelo menos três anos, sem receber verbas da sua principal fonte, a Fundação Leão XIII.

“A Fundação Leão XIII nos deve mais de R$ 3 milhões e, com a decisão da Prefeitura de abrir uma licitação da qual não pudemos participar por que não apresentamos documentação completa – apesar de ter sim a tentativa de colocar as contas em dia. Com isso, a prefeitura resolveu tirar todos os idosos mantidos por ela, neste ano, em meados de janeiro e metade de fevereiro”, explicou.

Além da falta de pagamento do órgão estadual, o município também tem débitos com o Abrigo. De acordo com Ademir, a Prefeitura deve aproximadamente R$ 180 mil, referente a este período de Janeiro e Fevereiro.

“O abrigo já passava por dificuldades financeiras e tinha muito mais funcionários do que idosos no período de alta. Com a crise, o abrigo teve apenas 15 idosos para um quadro de funcionários gigantesco. Se tornou insustentável e, devido aos salários atrasados, muitos funcionários pediram demissão e recorreram a justiça”, complementou.

A justiça bloqueou os aluguéis para pagar a folha de pagamento e hoje quase nada restou do Abrigo Cristo Redentor se sustentar. “Estamos em um processo de renegociação de outras situações que possam fazer ressurgir o abrigo da forma que era anteriormente”, ressaltou.

Ademir frisou que o abrigo, apesar de inoperante, segue aberto. “O abrigo não está fechado, está sem idosos e esta sem sua condição de exercer principal, mas não fechado”, pontuou.

Quem quiser realizar doações com mantimentos de longa duração, como fraldas, o ACR faz questão de armazenar para ter em estoque quando puder retomar suas atividades.

Procurada, a Fundação Leão XIII não respondeu ao questionamento da reportagem até o fechamento dessa matéria. Já a Prefeitura de São Gonçalo informou que houve a necessidade de abrir processo de reconhecimento de dívida junto à Procuradoria do município referente aos meses de janeiro e fevereiro deste ano, período em que foram realizadas as transferências dos idosos.

“O processo é uma exigência legal,  já que o contrato com o abrigo se encerrou em dezembro de 2021. Informamos que todos os idosos atendidos pela Prefeitura já foram transferidos desde o início do ano para outras instituições”, disse o texto.

Na nota, a Prefeitura afirma que reconhece a importância do Abrigo Cristo Redentor, “mas viu-se impedida de manter o convênio por questões legais. O Abrigo não apresentou a documentação necessária”, conclui.

*estagiário sob supervisão de Lucas Nunes

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