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Surto de Leptospirose surge em unidade de saúde de São Gonçalo

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Moradores de São Gonçalo relatam que o Centro de Triagem, no bairro do Zé Garoto, está lotado por conta da procura de testes por Leptospirose, que teve um aumento na cidade.

O caso mais famoso foi a morte de um adolescente que teve a sua casa atingida pelos temporais. Guilherme Valentim, de 15 anos, morreu na última quinta-feira (23), após ficar três dias internado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heal) com a forma grave da doença.

Na ocasião, o jovem foi ajudar a mãe a tirar a água de casa na chuva e poucos dias depois começou a sentir dor de cabeça e diarreia. Com a piora dos sintomas, ele foi internado no Pronto-Socorro Central de São Gonçalo. Mas ele teve falência dos órgãos e não resistiu.

Guilherme sonhava em ser jogador de futebol – Foto de Divulgação

Procurada pela equipe do ErreJota Notícias, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo informou que o Centro de Triagem, no Zé Garoto, só está fazendo a coleta para o exame de leptospirose com encaminhamento médico. É preciso passar por consulta e, se o médico suspeitar de leptospirose, ele pode fazer a solicitação de coleta de sorologia que, provisoriamente, está sendo feita no Centro de Triagem.

Vale ressaltar que o Centro de Triagem não faz coleta de exame de leptospirose por livre demanda do paciente. Os pacientes internados têm a amostra coletada no próprio hospital de internação. Todas as coletas são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen). A Secretaria esclarece ainda que não há surto de leptospirose no município e lembra que, historicamente, a notificação de casos suspeitos aumenta em períodos de chuva.

Agentes de saúde estão reforçando junto aos moradores a necessidade de procurar uma unidade de urgência e emergência em caso de sintomas: febre abrupta, dor de cabeça e dores musculares, principalmente se a pessoa foi exposta a alagamentos, lama, esgoto, lixo e entulhos. O período de incubação da leptospirose varia de 1 a 30 dias (média de 5 e 14 dias).

Estado tem 24 casos confirmados

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) alertou que nos dois primeiros meses do ano, a Leptospirose causou 24 casos e três óbitos já confirmados pelo estado. No mesmo período do ano passado, 71 casos foram notificados.

O secretário, Doutor Luizinho, alerta para os riscos da doença. “A Secretaria de Estado de Saúde vem alertando as secretarias municipais de Saúde para intensificar a vigilância e a prevenção, orientando a população para adotar os devidos cuidados de higienização após as chuvas com uso de hipoclorito”, disse.

O que é Leptospirose?

Foto de Divulgação

A leptospirose é uma zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e pessoas). A infecção se dá após exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões ou pela pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada, principalmente quem tem algum ferimento no corpo.

A fase inicial da doença é caracterizada pelo aparecimento repentino de febre acompanhada de dor de cabeça, dores musculares, falta de apetite, náuseas e vômitos. Também pode ocorrer sintomas como diarreia, dores articulares, sensibilidade à luz (fotofobia), dor ocular e tosse.

Saiba os cuidados para evitar a doença:

– Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.

– Após a água da enchente baixar, para retirar a lama e desinfetar o local, proteja-se com botas e luvas de borracha, evitando assim o contato da pele com água e lama contaminadas. Sacos plásticos duplos também podem ser amarrados nas mãos e nos pés.

– Para desinfectar a área atingida pela lama ou água da enchente, lave pisos, paredes e bancadas com água sanitária, na proporção de 2 xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.

– Tenha cuidado com os alimentos que tiveram contato com água de enchente. Alguns devem ser jogados fora, como frutas, legumes e verduras.

– Mantenha os terrenos baldios e as margens de córregos limpos e capinados. Evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais e nas telhas.

– Limpe a caixa d’água regularmente.

*Estagiário sob a supervisão de Raquel Morais

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