Os funcionários do Hospital estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, reclamam sobre a nova forma de contrato trabalhista que eles estão sendo submetidos. Na segunda-feira (27/02), o contrato com o Instituto Sócrates Guanaes (ISG) acabou e a Fundação Estadual de Saúde (FES) assumiu a gestão dos funcionários.
A mudança de empresa responsável prejudica os trabalhadores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e administrativos. A mudança implicou na redução do salário, de R$ 2.100 para R$ 1.283,59 para os técnicos de enfermagem, por exemplo, que assinaram contrato de 1 ano. Ao todo são 1,2 mil colaboradores CLT e cerca de 260 PJs.
Os funcionários conversaram com a reportagem mas não se identificaram. Eles contaram que outra empresa será contratada e está em processo de licitação, mas enquanto isso não acontece a Secretaria de Estado de Saúde, através da Fundação Estadual de Saúde, está gerindo a unidade.
Uma técnica em enfermagem contou que os funcionários não vão receber a rescisão e boa parte dos trabalhadores estão com férias vencidas desde 2019, e isso não será respeitado.
O Fundador e Diretor-Presidente do ISG, André Guanaes, lamentou o fim contrato. “Estamos partindo com o coração partido! Mas com o conforto da certeza do dever cumprido com a sociedade, a população fluminense e com a SES-RJ, nosso parceiro contratante. Nos conforta passar aqui grande parte do nosso legado: os colaboradores que selecionamos, contratamos e treinamos continuadamente e que permanecem à frente do atendimento do Azevedo Lima, todos os processos, protocolos, assistências e gestão e as melhorias prediais que foram possíveis realizar”, desabafou.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclarece que a transição foi planejada, contando inclusive com uma equipe da SES e da Fundação Saúde atuando na unidade nas últimas três semanas. Os contratos foram refeitos considerando o piso salarial, conforme planejamento, com a absorção do RH no novo contrato de gestão.
