Sentiu o lirismo? A Unidos do Viradouro pisou forte na avenida em busca do bicampeonato consecutivo, querendo chegar ao terceiro título de sua história. A Vermelho e Branco de Niterói foi um dos destaques do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial e pretende quebrar a escrita de que “campeão não desfila no primeiro dia”.
Com o enredo “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”, de Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, a Viradouro contou a história do maior carnaval de todos os tempos, o de 1919, quando o mundo saia de uma pandemia – a de Gripe Espanhola. Obviamente, como não poderia deixar de ser, foi traçado um paralelo com o carnaval de 2022, o primeiro após a pandemia do novo Coronavírus.
A principal marca do desfile foi a tônica retrô com muito brilho, tanto nas fantasias quanto nas alegorias. Blocos e figuras carnavalescas eram representados durante o desfile em todas as alas e carros.
A plateia vibrou com a apresentação da bateria que tem à frente Mestre Ciça. Em vários momentos durante o desfile e, em especial, diante das cabines dos jurados, os ritmistas se abaixavam e no meio deles surgiam cinco ritmistas que faziam a marcação com pratos metálicos.
Outro ponto alto da apresentação foi a coreografia da Comissão de Frente. Com um drone, um pierrot entregava a chave da cidade do samba para o Rei Momo, levando quem estava nas arquibancadas ao delírio.
Na noite de sábado (23) e madrugada de domingo (24), mais seis escolas de samba se apresentam. Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel fecham o carnaval 2022.
