O primeiro mês de 2025 já é o janeiro mais quente da história, segundo o observatório europeu Copernicus, dando sequência ao 18° mês consecutivo de recordes de temperatura no mundo.
De acordo com o relatório da instituição divulgado nesta quinta-feira (06), as temperaturas acima da média foram observadas principalmente no sudeste da Europa, nordeste e noroeste do Canadá, Alasca e Sibéria, sul da América do Sul, África e grande parte da Austrália e Antártica.
O índice é um alerta para as mudanças climáticas onde Janeiro de 2025 terminou 1,75°C mais quente do que as temperaturas de janeiro do final do século XIX, antes dos humanos começarem a aquecer significativamente o clima. E para os especialistas, isso significa que estamos caminhando para um planeta cada vez mais quente, sem trégua.
Esse novo recorde não era o que os especialistas esperam para o início do ano, afinal estamos passando pelo La Niña, que é um fenômeno que resfria a água dos oceanos e tende a reduzir as temperaturas no planeta. Ou contrário do mesmo período do ano passado, quando enfrantávamos o aquecimento dos aceanos e consequentemente a elevação das temperaturas devido ao El Niño, que tem justamente esse efeito contrário.
A La Niña era uma esperança de trégua, mas o fenômeno não foi suficiente para frear o calor. Desde o ano passado ele vem perdendo força e, com o índice anunciado pelo Copernicus, os pesquisadores estão preocupados de que este ano o mundo atinja um novo recorde.
“Se você tivesse me perguntado alguns meses atrás como seria janeiro de 2025 em relação a janeiro de 2024, minha melhor aposta seria que seria mais frio”, disse Adam Scaife, chefe de previsões mensais a decenais do Met Office do Reino Unido.
2024 foi o ano mais quente já vivido pela humanidade e também superou pela primeira vez o 1,6°C, média considerada como um limite seguro para o planeta.
Fato é, que mais que nunca as autoridades mundias precisam correr contra o tempo, antes que não haja mais volta. Lembrando que em novembro deste ano, o Brasil irá sediar a COP 30, um encontro global que reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discutir ações contra as mudanças climática, o que dá mais pressão para que medidas urgentes sejam adotadas.