O navio-plataforma P-78 partiu no domingo (13) do estaleiro Benoi, da empresa Seatrium, em Singapura, com destino ao campo de petróleo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Rio de Janeiro. A unidade da Petrobras será rebocada até a locação com tripulação a bordo, estratégia que permite antecipar o início da produção em cerca de duas semanas.
A navegação tripulada possibilita que sistemas complexos da unidade FPSO (plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) sigam operando durante o trajeto, o que reduz o tempo entre a chegada à locação e o primeiro óleo. Também permite o comissionamento contínuo e o treinamento das equipes durante a travessia.
Com capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia e compressão de 7,2 milhões de m³ de gás diários, a P-78 deve entrar em operação em dezembro de 2025, elevando a produção total do campo de Búzios em cerca de 18%, chegando a 1,15 milhão de barris diários.
Produção no maior campo em águas ultraprofundas do mundo
Localizado a 180 km da costa do Rio de Janeiro, o campo de Búzios opera em águas com profundidade de até 2.100 metros. Atualmente, seis FPSOs já estão em produção no local: P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré. A P-78 será a sétima unidade instalada no campo, com interligação a 13 poços — sendo 6 produtores (2 deles conversíveis em injetores), 6 injetores WAG e 1 injetor de gás.
A unidade será conectada a uma rede de dutos rígidos de produção e exportação, injeção e gás lift, além de dutos flexíveis para serviços.
Integração global e tecnologia nacional
A construção do casco envolveu estaleiros em Yantai e Hayang (China) e Ulsan (Coreia do Sul), onde a integração dos blocos foi concluída. Em seguida, a plataforma foi transportada para Singapura, onde passou pela integração final e comissionamento dos módulos de topside — construídos no Brasil (Seatrium Angra dos Reis, antigo Brasfels), China e Singapura.
As diretoras da Petrobras, Sylvia Anjos (Exploração e Produção) e Renata Baruzzi (Engenharia, Tecnologia e Inovação), visitaram o navio em 30 de junho para acompanhar os preparativos finais. Ambas destacaram o cumprimento do cronograma e o orgulho pela execução de um projeto estratégico para a estatal e para o país.
“Cumprir o cronograma da P-78 mostra nossa capacidade de gerenciar projetos com segurança e eficiência”, afirmou Sylvia Anjos.
“A chegada da P-78 fortalece ainda mais o protagonismo da Petrobras no pré-sal”, completou Renata Baruzzi.
