A 10ª edição da Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM) encerrou neste domingo (14) com números históricos: 260 mil visitantes em dez dias de programação, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Promovida pela Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, a festa mostrou que entrega tudo e muito mais ao unir literatura, música, debates, espetáculos infantis, rodas de conversa e grandes shows.
Conceição Evaristo, homenageada da edição
A escritora foi a estrela do encerramento, participando da mesa sobre suas “Escrevivências”, ao lado de Eliana Alves Cruz, Bárbara Carine e Jeferson Tenório. Ela também recebeu homenagens das alunas da Escola do Idoso de Maricá, que entregaram flores, cartazes e uma colcha de retalhos com bordados.
“Estou muito feliz de estar no meio de vários professores e poder falar para este público imenso. O termo Escrevivências surgiu na minha dissertação de mestrado e, 30 anos depois, vou lançar o livro”, afirmou, emocionada.

Papo FLIM
A mesa “Cultura em Desfile”, com Helena Theodoro, Luiz Antônio Simas e Thiago Gomide, trouxe reflexões sobre o samba e o carnaval como pilares da formação cultural brasileira.
“O samba não é apenas ritmo, é memória, celebração e resistência. Ele dá sentido à nossa existência coletiva”, disse Simas. Thiago Gomide completou: “O Carnaval é identidade, memória e política. Ele ajuda a criar cidades e moldar a vida em comunidade”.
Também no Papo FLIM, o “Samba Talk” homenageou Arlindo Cruz, com a participação de Sombrinha e Inácio Rios. “O samba cura. Relembrar a obra de Arlindo no dia do aniversário dele é uma forma de matar a saudade”, disse Sombrinha.
FLIM Jovem
A juventude teve espaço garantido com debates sobre futuro, tecnologia e política. A palestra “Inteligência Artificial e Profissões do Futuro”, de Antônio Kronemberg (SEBRAE), destacou que “a IA nunca será melhor que o ser humano com a IA como ferramenta”.
À tarde, a roda “A Política na Voz da Juventude” reuniu lideranças jovens como Andressa Santos (Maricá), Gabriella Rodrigues (RJ), Hadesh (vereador de Maricá) e Vitor Nunes (UMES). “A força da juventude pode mudar o país. Basta acreditar e lutar”, destacou Hadesh.
FLIMzinha
A criançada teve seu espaço na FLIMzinha, que abriu a manhã com o espetáculo “Ciência ou Mágica?”, de Patrick, o Mágico – que também encerrou a programação com “A Mágica do Riso”. Pintura facial e concurso de cosplay garantiram diversão durante todo o dia.
Shows e Encerramento
No palco principal, a prata da casa Nati Pani levantou o público, preparando o terreno para a potência sertaneja Mari Fernandez, que fechou a festa com grandes sucessos.
Números que impressionam
Segundo a Secretaria de Educação, a média diária de público foi de 26 mil visitantes. “Maricá, com 220 mil habitantes, recebeu 260 mil visitantes – o equivalente a 118% da população da cidade. Isso só é possível com visão de futuro e o trabalho coletivo de toda a rede de educação e parceiros”, destacou o secretário Rodrigo Moura.
