O Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) registrou crescimento significativo na captação de órgãos e tecidos para transplantes. Entre janeiro e agosto de 2025, foram 75 notificações de potenciais doadores — 32% a mais que no mesmo período do ano passado — e 28 doações efetivadas, aumento de 16%. Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, cerca de 47 mil pessoas aguardam por um órgão no país.
Um dos grandes desafios é obter a autorização das famílias em meio ao luto. Para sensibilizar e agradecer, o hospital promoveu uma homenagem em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.
Alexandre Guimarães, de 45 anos, transplantado de fígado em 2024, voltou ao HGNI para compartilhar sua história: “Renasci graças a um transplante. Hoje tenho duas datas de aniversário”. Sua fala emocionou as 20 famílias de doadores presentes.

Entre elas, estava Viviane Dias, que autorizou a doação dos órgãos da irmã Glauce após sua morte. “Ela sempre foi alegre, e esta foi nossa forma de estender seu legado. Saber que até oito pessoas podem ser ajudadas nos dá esperança”, disse.
Na cerimônia, cada família recebeu uma suculenta e foi convidada a pendurar um tsuru na “árvore da vida”. A tradição japonesa diz que, ao completar mil dobraduras, um desejo é realizado. No HGNI, cada tsuru leva o nome de um doador — símbolo da esperança de que mais vidas sejam salvas.
De janeiro a agosto, o hospital captou 26 rins, 20 fígados, 12 córneas, três tecidos de osso/pele e um coração, consolidando-se como referência no Rio de Janeiro.
Para ser doador, basta conversar com sua família e manifestar essa decisão. A escolha também pode ser registrada na nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).