A taxa de desemprego do Brasil se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, repetindo o índice do período anterior e consolidando o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, a queda foi de 1 ponto percentual (6,6%).
Outro destaque é a população desocupada, que caiu para 6 milhões de pessoas, o menor contingente já registrado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da PNAD Contínua.
Mercado de trabalho em alta
O levantamento confirma o bom momento do mercado de trabalho, também refletido no Novo Caged, que apontou a criação de 1,5 milhão de empregos formais de janeiro a agosto de 2025, e 4,63 milhões desde janeiro de 2023.
Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou os resultados:
“1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada criados em 2025. Mais de 4,6 milhões desde janeiro de 2023. Taxa de desemprego na mínima histórica. Dados de uma economia que segue gerando oportunidades em todo o país”.
Ocupação em níveis recordes
O contingente de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões, alta de 0,5% frente ao trimestre até maio (mais 555 mil pessoas) e de 1,8% na comparação anual (mais 1,9 milhão). O nível de ocupação atingiu 58,1%, o maior da série histórica.
Entre os setores, destacaram-se:
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+333 mil pessoas, +4,4%);
Administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde (+323 mil pessoas, +1,7%).
Já os serviços domésticos recuaram 3% (menos 174 mil pessoas).
Emprego com carteira assinada cresce
O número de empregados no setor privado chegou a 52,6 milhões, novo recorde da série. Desse total, 39,1 milhões possuem carteira assinada — crescimento de 3,3% em um ano, ou mais 1,2 milhão de pessoas. Já os empregados sem carteira (13,5 milhões) apresentaram queda de 3,3% na comparação anual.
Rendimento em alta
O rendimento médio real habitual alcançou R$ 3.488, estável frente ao trimestre anterior e 3,3% acima do mesmo período de 2024. A massa de rendimento chegou a R$ 352,6 bilhões, com alta de 5,4% em relação ao ano passado.
O que é a PNAD Contínua
Principal pesquisa de monitoramento da força de trabalho, a PNAD Contínua abrange 211 mil domicílios distribuídos em todos os estados e no Distrito Federal. Os dados são coletados trimestralmente por cerca de dois mil entrevistadores. A próxima divulgação está marcada para 31 de outubro.