O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou na segunda-feira (06) que o caso suspeito de intoxicação por metanol em Niterói foi descartado após análise laboratorial. Outro caso, de um homem morador de São Pedro da Aldeia, segue sob monitoramento, com quadro estável.
Para reforçar o preparo da rede de saúde diante das suspeitas, a SES-RJ iniciou a compra de kits para tratamento de intoxicações por metanol. A primeira remessa de etanol farmacêutico, enviada pelo Ministério da Saúde, chegou ao estado nesta tarde. O material é essencial para o início rápido do tratamento em casos confirmados.
“Estamos atuando rapidamente para garantir o tratamento adequado à população, caso algum episódio seja confirmado no Estado do Rio. Ao mesmo tempo, as equipes de fiscalização estão nas ruas combatendo a venda de produtos adulterados ou irregulares, prevenindo novas ocorrências”, afirmou o governador Cláudio Castro.
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, destacou a importância da ação preventiva.
“Reforçamos a urgência de ter o antídoto disponível no estado, porque o tempo é determinante para o sucesso do tratamento. Nosso Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde acompanha de perto as notificações e seguimos orientando a população a evitar bebidas de procedência duvidosa”, alertou.
A SES-RJ orienta que pessoas que apresentem visão turva, dor abdominal, enjoo ou sintomas de gastrite após consumo de álcool procurem imediatamente uma unidade de saúde. A intoxicação por metanol pode causar cegueira irreversível e até morte.
O Hospital Estadual Anchieta é referência para atendimento e tratamento de casos suspeitos. Já o Lacen-RJ, em parceria com a Unicamp, realiza as análises laboratoriais para confirmação de contaminação.
Mulher morre após consumir drinque adulterado em bar de São Bernardo do Campo (SP)
A Prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou na segunda-feira (6) a morte de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, vítima de intoxicação por metanol após consumir um drinque adulterado em um bar da cidade. Ela estava internada desde o dia 29 de setembro no Hospital de Clínicas, onde recebeu tratamento com antídoto e hemodiálise, mas não resistiu. Segundo a Vigilância Epidemiológica, já são 78 casos suspeitos e seis mortes confirmadas no município. O bar Villa Jardim, onde a bebida foi servida, segue interditado, e as investigações estão sob responsabilidade da Polícia Civil.
