A megaoperação conjunta das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, realizada nesta terça-feira (28), resultou em um dia de luto para as corporações. Quatro agentes de segurança pública morreram em confronto, sendo dois policiais civis e dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O balanço oficial, que classifica a ação como a mais letal da história do estado, indica a morte de pelo menos 60 pessoas e a prisão de 81, em uma ação que visava desmantelar o crime organizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.
As Vítimas da Polícia Civil
A Polícia Civil perdeu dois agentes, ambos com histórias distintas na corporação:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (51 anos), o “Máscara”: Um policial experiente, recém-promovido a Comissário de Polícia (o cargo máximo para um investigador) na última segunda-feira (27).
Carreira: Ingressou na Polícia Civil em junho de 1999 e ganhou o apelido de “Máscara” logo em sua primeira lotação, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), por sua semelhança com o personagem de Jim Carrey.
Atuação: Chefiava o Setor de Investigações da 53ª DP (Mesquita) e teve um de seus últimos trabalhos reconhecidos em uma operação contra chefes do Comando Vermelho por roubo de veículos.
Rodrigo Veloso Cabral (34 anos): O agente tinha menos de dois meses na corporação, tendo tomado posse há apenas 40 dias.
Atuação: Estava lotado na 39ª DP (Pavuna), delegacia que atua na área dos complexos do Chapadão e da Pedreira. Rodrigo foi atingido por um tiro na nuca durante o confronto.
Vida Pessoal: Nas redes sociais, o policial compartilhava momentos de viagens com a esposa e a filha, além de sua paixão pelo Botafogo.

As Vítimas do BOPE
Também morreram em combate dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope):
Cleiton Serafim Gonçalves
Heber Carvalho da Fonseca
Maior operação desde decisão do STF expõe alta letalidade e reforça debate sobre segurança pública no Rio
Com 81 presos, 64 mortos — entre eles 4 policiais — e 9 feridos, a Operação Contenção é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni), da Universidade Federal Fluminense (UFF). A ação também é a maior desde a decisão do STF que estabeleceu parâmetros para reduzir a letalidade em operações policiais no estado.
- números divulgados até o fechamento da reportagem




















