A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a Operação Capgras, para desarticular um esquema de fraudes em pensões e aposentadorias da UFRJ. A ação se concentrou principalmente na Barra da Tijuca, com mandados também em outras regiões do Rio e em cidades de São Paulo.
As investigações apontam que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 22 milhões entre 2022 e 2024, utilizando laranjas e empresas de fachada para lavar dinheiro e desviar benefícios de servidores já falecidos — entre eles, ex-professores da universidade.
Nesta fase, a PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão. A operação revelou ainda indícios de ligação do grupo com integrantes de uma facção criminosa que atua no estado.
O caso começou após uma denúncia de um pensionista que descobriu um beneficiário falso habilitado em sua pensão. Uma auditoria da UFRJ confirmou diversos casos semelhantes, com prejuízo estimado de R$ 1,2 milhão.
Os investigados responderão por falsificação de documentos, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Ação na Barra da Tijuca
Durante o cumprimento de mandado em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, os policiais federais apreenderam dinheiro em espécie, joias, relógios de alto valor, celulares, veículos, cofres, uma máquina de contar dinheiro e diversos documentos.
