A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) analisa a criação de um sistema estadual de alerta para auxiliar na localização de pessoas idosas desaparecidas que convivem com Alzheimer ou outras demências. A medida está prevista no Projeto de Lei 6.736/2025, de autoria do deputado Rosenverg Reis (MDB), que institui o Sistema Estadual de Alerta Prata.
A proposta prevê o envio de mensagens eletrônicas a celulares próximos ao local do desaparecimento, após registro formal da ocorrência na autoridade policial e acionamento pelos órgãos de segurança pública. O alerta também poderá ser divulgado por meios de comunicação, painéis eletrônicos, portais oficiais e perfis institucionais nas redes sociais.
A divulgação das informações dependerá de autorização prévia da família ou responsável legal. Entre os dados previstos estão foto recente, descrição física, vestimentas usadas no momento do desaparecimento, local e horário do último registro, além de contatos para denúncias ou informações.
“O alerta através de celulares é uma forma de mobilizar a sociedade para colaborar de forma rápida e eficaz na localização e proteção dos idosos, reduzindo o sofrimento das famílias”, afirmou o deputado.
O sistema deverá funcionar de maneira integrada com órgãos de segurança pública, defesa civil e assistência social, podendo contar com a colaboração de operadoras de telefonia e outras instituições públicas e privadas.
O Ministério da Saúde estima que 8,5% da população idosa no país convive com algum tipo de demência, e que até 2050 o número de pessoas diagnosticadas poderá chegar a 5,7 milhões. Segundo o Censo 2022, o Brasil possui 31,2 milhões de idosos, o que representa crescimento de 39,8% em relação ao período entre 2012 e 2021.
O parlamentar afirmou que a iniciativa foi motivada por casos recentes que ganharam repercussão no estado, envolvendo desaparecimentos de idosos diagnosticados com demência, e destacou o impacto emocional enfrentado por familiares nessas situações.
Professor com Alzheimer segue desaparecido há um mês; equipe social atua com cartazes nas ruas
O desaparecimento do professor aposentado Antônio Petraglia já completa mais de um mês, e as buscas seguem com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio, equipes de rua e divulgação de cartazes. Familiares, voluntários e órgãos públicos continuam mobilizados, enquanto a Polícia Civil mantém a investigação.
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