No aniversário de 452 anos de Niterói, a Prefeitura inaugurou, neste sábado (22), o Centro Cultural Cauby Peixoto, no Fonseca — o primeiro equipamento público de cultura da Zona Norte da cidade. O espaço funciona em um casarão histórico totalmente restaurado e abre as portas para exposições, espetáculos, cursos, ensaios e encontros de coletivos culturais.
Durante a cerimônia, o prefeito Rodrigo Neves destacou a importância do novo centro e o cuidado dedicado ao projeto.
“Este casarão estava abandonado há 40 anos. Queríamos mais do que restaurar a estrutura — planejamos um espaço completo, com o primeiro teatro municipal do Fonseca, que tem 240 lugares e iluminação cênica de alta qualidade. Cauby, que nasceu em Niterói e viveu no bairro, certamente estaria feliz. Este centro cultural celebra nossa memória, nossa identidade e a continuidade das políticas públicas”, afirmou.
O projeto preservou elementos originais, como vitrais centenários, e garantiu acessibilidade em todos os ambientes. O complexo reúne teatro, salas de ensaio, áreas multiuso e espaços dedicados à história do Fonseca e ao legado de Cauby Peixoto.
Para o secretário municipal das Culturas, Leonardo Giordano, o equipamento simboliza a democratização do acesso à cultura.
“Niterói vive um dos maiores ciclos de investimentos culturais de sua história. A recuperação de prédios como o Mercado Municipal e a Casa Norival de Freitas reforça nosso compromisso com a valorização da memória e dos artistas da cidade”, destacou.
Magali Velasco, sobrinha de Cauby, celebrou a instalação do acervo no espaço.
“É emocionante ver esse material agora acessível ao público. Sentimos que tudo ganha novo significado quando compartilhado com a cidade”, disse.

Três exposições inaugurais
O Centro Cultural Cauby Peixoto abriu suas portas com três mostras:
- “Azulejos de Memória” – Reúne documentos, objetos, fotos e relatos que percorrem a história do Fonseca desde as ocupações indígenas até a urbanização e a vida do bairro.
- “Cauby Peixoto: Para ser outra vez” – Apresenta registros, fotografias e leituras contemporâneas sobre a trajetória e a expressividade do artista.
- “SKID” – Exposição de arte contemporânea que aborda corpo, memória e espaço urbano.
O investimento no restauro e na adaptação do casarão histórico foi de R$ 16,8 milhões.




















