Estudantes de escolas públicas de Maricá fizeram manifestação nesta quarta-feira (20) no centro da cidade. Com gritos de ordem, os manifestantes pediam a saída do presidente Michel Temer, do governador do estado Luiz Fernando Pezão e do vereador Fillippe Poubel. O ato terminou na Prefeitura de Maricá.
O prefeito Fabiano Horta recebeu uma comissão de estudantes formada por presidentes de grêmios estudantis em seu gabinete e assinou um termo de compromisso com os alunos maricaenses, em que cinco propostas foram apresentadas e aceitas pelo chefe do executivo municipal. Foi solicitada a reforma de todas as nove escolas estaduais da cidade, uma instituição de ensino superior, convênio para as carteirinhas estudantis, a incorporação da Bienal da UMES ao calendário oficial do município e a ampliação do Instituto Federal Fluminense.
Para Yeza Rosa Aguiar, presidente da União Maricaense de Estudantes Secundaristas (UMES), a reunião com o prefeito comprovou que o mandatário está comprometido com a educação na cidade. “Isso mostra que um governo progressista tem o papel de apoiar e dialogar com o movimento estudantil e o cumpre aqui em Maricá. E, acima de tudo, de entender que o movimento estudantil, quando é organizado, ele tem voz e agrega na construção de um futuro melhor”, afirmou.
Fabiano Horta acredita que a politização da juventude é benéfica para a sociedade e afirmou que o poder público apoia a organização de movimentos de igual cunho. “Em Maricá a gente vê a juventude se politizando, discutindo a sociedade, discutindo o seu próprio futuro, e a gente tem que estar junto, ajudando, estimulando, canalizando essa grande energia que quer construir o mundo. O jovem quer construir um mundo diferente. O importante é que eles tenham boas referências e que eles foquem naquilo que estão sonhando e realizem junto com o poder público”, comentou.
A Professora Adriana Luíza da Silva, secretária de Educação do município, acredita que esse tipo de movimento estimula a democracia. “Nós estamos mostrando que o nosso município trabalha a democracia desde a escola, dando voz e vez aos estudantes para que possamos fazer essa continuidade de um governo democrático e participativo. Não basta ter democracia, tem que haver participação”, concluiu.
CONGRESSO DA UMES
Antes da manifestação, a UMES realizou o seu terceiro congresso no Esporte Clube Maricá. De acordo com a organização, foram mais de 3.500 alunos da rede pública de ensino. Foram atividades culturais, rodas de debates e palestras para os alunos da cidade.