A deputada federal e cantora gospel Flordelis, que se vê no centro da investigação da morte de seu marido, o Pastor Anderson do Carmo, concedeu uma longa entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (25). Durante a sabatina, Flordelis comentou pontos-chaves do caso, como a suposta traição praticada por Anderson e a acusação feita a seus filhos.
Uma das hipóteses levantadas para o assassinato de Anderson seria um suposto caso extraconjugal praticado por ele, algo que Flordelis negou veementemente. “É quase impossível que o meu marido estivesse me traindo. Eu não acredito nessa hipótese. Nós tínhamos uma convivência de muita confiança. Nós éramos amigos, éramos parceiros”, disse, completando que Anderson estava com ela em todos os lugares.
“A mulher quando é traída, ela desconfia. Meu marido ia comigo pra Brasília, inclusive. Ele não ia só à Câmara, eu pedi ao Rodrigo Maia que autorizasse o meu marido dentro do plenário. Para que ele me deixasse mais segura. Fui atendida pelo Rodrigo Maia, agradeço de coração. O meu marido estava sempre presente. Nas viagens, nós sempre estávamos juntos”, afirmou. Vale lembrar que o Pastor era o responsável por fazer toda a articulação política e profissional, algo confirmado por ela durante a entrevista.
A deputada disse que ainda não há qualquer informação sobre os responsáveis pela morte. “Não sabemos quem são os responsáveis ainda. Ainda não há respostas. Mas ninguém pode afirmar que foram os meus filhos. Eu quero que isso seja esclarecido o mais rápido possível”, disse, afirmando que os filhos não estão envolvidos. Vale lembrar que um dos filhos de Flordelis assumiu a autoria do crime.
Questionada sobre a arma encontrada em um dos cômodos de sua casa, a cantora disse desconhecer a existência e insinuou que teria sido plantada. “Jamais permiti arma dentro da minha casa. Nunca soube da existência de arma dentro da minha casa. O cômodo revistado já tinha sido revistado e nada havia sido encontrado”, declarou.
Quando perguntada sobre o celular de Anderson, que sumiu desde a morte do pastor, a parlamentar disse que deu falta de outros bens. “Outros objetos também sumiram. Um anel, relógios. Meu marido amava relógios. Eu não tenho como afirmar o momento ou horário que sumiu. Quando eu quis a pulseira, ela já não estava mais lá”, comentou.
Flordelis chegou a pedir que devolvam o celular de Anderson. “Havia momentos especiais no celular. A minha agenda de cantora era feita por esse celular. Nossos amigos, nossos maiores contatos estavam nesse celular. Eu aproveito pra fazer um apelo pela mídia e pedir a quem estiver com o celular do meu marido, que por favor devolva. É muito importante pra mim. Ele é importante demais na minha vida e eu queria muito ter o celular”, apelou.
A deputada aproveitou para esclarecer que não é investigada e que prestou esclarecimentos nesta segunda-feira na posição de investigada. “Ocorreu um crime dentro da minha casa”, pontuou. Ela também negou que Anderson estivesse recebendo ameaças.
Indagada sobre a prisão dos filhos, apontados pela investigação como responsáveis pelo crime, a cantora disse que a família está sofrendo. “Os irmãos, eu [estão sofrendo]. É muito duro pAra uma mãe ouvir esse tipo de acusação. O que eu tenho a dizer para os meus filhos é que nunca esqueçam os ensinamentos que eu e o pai demos”.
Flordelis não descartou que o crime possa ter sido praticado por algum dos filhos e pediu a apuração do caso. “Eu preciso da resposta, do motivo. Se foi um dos meus filhos, eu quero que ele seja punido. Porque eu não perdi um marido, perdi um parceiro, um amigo. Eu quero justiça”.
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