Criar o hábito nas pessoas para reutilizar sacolas e retirar de circulação mais de três bilhões de sacolas plásticas. Esse é o objetivo da nova lei que entra em vigor hoje e proíbe a cessão ou mesmo a venda dos modelos descartáveis ou de uso único em qualquer estabelecimento comercial no estado. As novas sacolas foram produzidas com 51% de produtos renováveis, como a cana de açúcar, e não devem ser utilizadas como saco de lixo.
A partir de agora o cliente terá duas opções. A primeira é levar para as compras ecobags, a outra é adquirir o modelo renovável – cinza ou verde – que dura até 50 compras. De acordo com a nova lei, cada consumidor pode ganhar no máximo duas sacolas feitas com material mais sustentável, pelos próximos seis meses. A legislação diz que se o cliente quiser mais, terá que pagar por elas, a preço de custo, que pode variar entre R$ 0,05 e R$ 0,08.
A medida passa a valer para as grandes redes. Mercados de menor porte ainda terão até o fim do ano para se adaptar, mais precisamente até 26 de dezembro para abolir as sacolas convencionais. As lojas que descumprirem a nova regra estarão sujeitas a multa de até R$ 34 mil.
Aqui em Maricá, o gerente do supermercado Princesa, acredita que a medida será importante para preservação do meio ambiente.
“Nós aderimos e entendemos que ajuda o meio ambiente. No início acreditamos que o cliente terá resistência, mas estamos preparados. Quem não quiser adquirir as sacolas iremos disponibilizar caixas”, disse o gerente Sérgio José.
O presidente da Associação de Supermercados do Rio (Asserj), Fábio Queiroz, disse que é importante destacar que as novas sacolas terão orientações para o descarte do lixo. São duas cores: a cinza, para produtos orgânicos, e verde para produtos secos e recicláveis, não são biodegradáveis.
“Para o lixo, existem sacos produzidos especialmente para isso. As cores verde e cinza ajudam a separar o descarte para reciclagem em pontos de coleta nos próprios supermercados, mas não para servir como saco de lixo. Queremos que os consumidores utilizem as novas sacolas como sacolas permanentes. É impossível acabar com o plástico de uma vez por todas, mas aos poucos, podemos contribuir com o meio ambiente”, destacou Queiróz.