O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira (31) que a proposta do governador eleito pelo estado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) de utilizar atiradores de elite contra criminosos com fuzil não está respaldada na lei.
“É uma proposta que precisa passar pelo crivo das leis, da legislação e da Justiça. Não podemos ter nenhum tipo de atividade que não seja devidamente legal, que não esteja nas normas da Justiça. E, hoje, não está. E teria que ter uma modificação legislativa para que ela pudesse vir a acontecer”, disse o ministro.
Em entrevista à GloboNews na tarde de ontem (29), Witzel defendeu o uso de snipers para “abater” pessoas que portarem fuzis, ainda que de costas, porque elas representam uma ameaça.
A fala de Witzel foi repudiada por entidades defensoras dos direitos humanos. A Anistia Internacional no Brasil emitiu um posicionamento em que afirma que a diretriz seria uma afronta à legislação brasileira e que resultará em uma escalada da violência e em riscos para a população e para os agentes de segurança pública.
Em nota, o governador eleito afirmou que seu programa de segurança pública considera o confronto como última alternativa, “mas caso seja necessário, o policial terá respaldo do governo do estado”. Segundo o texto, Witzel pretende abrir vias em comunidades para que forças de seguranças e serviços possam chegar e treinar as polícias para “operações cirúrgicas e bem planejadas” contra o crime organizado.
*Com as informações da Agência Brasil.