A Polícia Civil do Rio prendeu em Maricá, nesta quinta-feira (8), Bruna Medeiros Boechat e Paulo Jardel Cavalcante Espindola, suspeitos de integrarem uma quadrilha que comercializava remédios proibidos, controlados e ilegais pelos Correios. Estima-se que o casal movimentava mais de R$ 150 mil por mês com o comércio ilegal.
Parte dos lucros eram investidos na compra de imóveis, como mecanismo de lavagem de dinheiro. Para ocultar o patrimônio, o casal mantinha seus bens em nome de terceiros.
Ao longo de seis meses, agentes da 78ªDP (Fonseca) acompanhou a quadrilha que conta, ainda, com mais três integrantes que agiam no estado do Paraná e no Rio de Janeiro, também presos. Os medicamentos eram comercializados pela internet, através de grupos de aplicativos de celular e através de um site próprio. No ar desde 2006, o site comercializava medicamentos para clientes de todo o território nacional.
Utilizando técnicas avançadas de investigação como interceptação telefônica, interceptação telemática, quebra de sigilos bancário e fiscal, vigilância velada e ação controlada, a operação batizada de Eros, cumpriu mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Paraná, onde a quadrilha articulava a compra de abortivos, grande variedade de inibidores de apetite, anfetaminas, anabolizantes, antibióticos, etc.
Parte desses medicamentos estão listados na Portaria 344/98 da ANVISA, sendo considerada droga para os efeitos da Lei 11.343/06, sujeitando os envolvidos em seu comércio a responderem pelo crime de tráfico de drogas, com pena que varia de 5 a 15 anos de reclusão.