O Departamento de Estatística da UFF está desenvolvendo o projeto GET-UF CONTRA COVID-19, que visa colaborar com a análise de dados estatísticos da epidemia, buscando compreender ou mesmo antecipar a evolução da epidemia.
O professor do Departamento de Estatística da UFF, Wilson Calmon, explica que a análise desses dados pode ajudar a definir ou redefinir prioridades e formas de atuação frente aos órgãos de controle e aos governantes. A prioridade são os municípios do estado do Rio de Janeiro, mas a pesquisa pode expandir as análises para outras regiões do Brasil ou mesmo para outros países.
O programa utilizará métodos quantitativos para descrever diariamente dados do desenvolvimento da epidemia e fornecer, em um segundo momento, estudos mais refinados e projeções. A proposta consiste em reunir as principais metodologias de estatística e matemática aplicada para modelar variáveis, como, por exemplo, do número de casos confirmados da doença.
“Combinaremos ferramentas de análise descritiva básica e de apresentação dinâmica dos resultados para oferecer informações atualizadas no portal. Para lidar com investigações mais sofisticadas, pretendemos associar modelos estatísticos e matemáticos usuais em saúde e epidemiologia. Os mapas e gráficos elaborados são do próprio grupo. É trabalhoso construir e incluí-los no site pela primeira vez. Mas uma vez que já estruturamos os primeiros dados, a partir de agora conseguiremos atualizar o portal com mais facilidade”, afirma o professor.
O projeto está em execução desde o dia 20 de março e a plataforma já está disponível (clique aqui). Segundo Wilson Calmon, um arquivo contendo as principais informações produzidas será mantido através do portal.
“Um dos segmentos da equipe tem como prioridade equipar o site de uma estrutura que permita atualizar as informações disponibilizadas de forma automatizada. O outro está iniciando análises mais sofisticadas dos dados que já estão disponibilizados. Também estamos trabalhando no design, para que as informações fiquem bem didáticas e claras. Esperamos, em um momento posterior, enviar informes diretamente para canais de comunicação em massa e para os governos”.