Vidas negras importam; com esse lema, dezenas de militantes da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro) de Maricá promoveram, no início da madrugada desta quinta-feira (25), uma manifestação com colocação de faixas em passarelas de Maricá. O ato, de acordo com a organização, foi para repudiar as ações violentas da polícia nas comunidades do Rio de Janeiro.
“Tais ações resultaram no aumento brutal de mortes da população nessas áreas, durante o período de isolamento”, acredita a presidente da Unegro Maricá, Mônica Gurjão.
Os manifestantes pediram, ainda, que cessem as operações policiais violentas nas favelas do estado. Apenas em maio deste ano, 129 mortes por intervenção de agente do Estado foram registradas, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, foram 741 vítimas, um aumento de 1,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
“Repudiamos, veementemente, as ações racistas da polícia nas favelas e das áreas pobres do Rio de Janeiro. Pedimos que as autoridades parem, imediatamente, com essas operações violentas”, exigiu Mônica.
De acordo com a Unegro, o horário foi escolhido para evitar aglomeração, obedecendo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Prefeitura Municipal de Maricá. Os manifestantes respeitaram todas as regras sanitárias.