Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Wilson Witzel está afastado do cargo por irregularidades em contratos da área da saúde.
A medida foi cumprida no início da manhã desta sexta-feira (28). A Polícia Federal está no Palácio Guanabara desde às 6h20 de manhã. O vice, Cláudio Castro, assume o governo do RJ.
A ordem de afastamento é decorrência das investigações da Operação Placebo, em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.
O STJ também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do PSC, partido de Witzel, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico.
O Governador Wilson Witzel teve a ordem de afastamento e os mandados de prisão em decorrência das investigações da Operação Favorito e da Operação Placebo que estão em curso desde o mês de maio. A delação premiada do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, que foi pego com milhões de reais em dinheiro numa casa da serra, pode ter sido crucial para se chegar a Witzel.
Na justificativa para o afastamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do Rio estabeleceu um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, especialmente nas áreas de saúde e educação.
Além disso, a PGR sustenta que Witzel usou o escritório de advocacia da mulher, Helena, para receber dinheiro desviado por intermédio de quatro contratos simulados no valor aproximado de R$ 500 mil – cerca de R$ 15 mil mensais de cada uma das quatro.
*Em atualização