A Corte Especial, colegiado do STJ, decidiu na tarde desta quarta-feira (2) pela manutenção do afastamento de Wilson Witzel por 180 dias do cargo de governador do Estado do Rio de Janeiro. No dia 28 de agosto,Witzel foi afastado por 180 dias no âmbito da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.
O governador recorreu na segunda-feira (31) ao Supremo para tentar reverter seu afastamento do cargo pelo prazo de 180 dias, medida determinada por liminar (decisão provisória) do ministro do STJ Benedito Gonçalves, no âmbito da Operação Tris in Idem, que apura esquemas de corrupção no governo fluminense.
Votaram pelo afastamento os ministros Benedito Gonçalves (relator), Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Antonio Carlos. Apenas o ministro Napoleão Nunes votou pela volta. Faltam três ministros para a votação ser concluída.
A investigação aponta que a organização criminosa instalada no governo estadual, a partir da eleição de Witzel, se divide em três grupos que, sob a liderança de empresários, pagavam vantagens indevidas a agentes públicos. Os grupos teriam loteado as principais secretarias para beneficiar determinadas empresas.
Após ser afastado, Witzel em atos de corrupção e afirmou que seu afastamento não se justifica.
O MPF chegou a pedir a prisão do governador, mas o pedido foi negado pelo STJ. Witzel nega as acusações e diz que é alvo de uma perseguição política.
*em atualização