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Filhos de Flordelis deverão ficar em prisões separaras, determina a Justiça

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A fim de evitar qualquer tipo de manipulação de provas, o  Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que os filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) sejam mantidos em unidades prisionais separadas. A decisão, assinada ontem (3) é da juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

A decisão da juíza Nearis Arce atendeu pedido do advogado do pai de Anderson do Carmo. Na solicitação, ele considera que os filhos devem ser mantidos separados porque já teriam ocorrido “tentativas de manipulação de provas, combinações de narrativas e dissimulações” no processo da morte do pastor.

Ao concordar com o pedido, a juíza deu prazo de 48 horas para as transferências. “Havendo indícios de tentativa de manipulação de provas, a fim de se resguardar a instrução penal, determino sejam aqueles presos acautelados em unidades prisionais diversas, tão separados quanto possível”, diz a decisão.

A decisão surge no bojo do inquérito policial concluído no mês passado, em que Flordelis foi apontada como a mandante da morte do pastor Anderson do Carmo, então marido da também pastora. Ela seria presa no mês passado junto com outros dois filhos biológicos e três adotivos, além de uma neta, mas a imunidade parlamentar por conta do cargo de deputada a impediu de também ter a liberdade privada.

Vale lembrar que decisões semelhantes já tinham sido proferidas. No fim do ano passado, quando apenas Flávio dos Santos, acusado de ser o autor dos disparos, e Lucas dos Santos, responsável pela compra da arma, estavam presos, o TJRJ já havia determinado que eles ficassem em unidades prisionais separadas. Há época, a decisão ocorreu após Lucas ter escrito uma carta alterando a versão do crime, assumindo a culpa e inocentando Flávio. Posteriormente, ele admitiu que a carta era uma fraude e afirmou que recebeu o texto pronto, enviado por sua mãe.

Após o episódio, a defesa de Lucas solicitou a transferência afirmando que este vinha sendo ameaçado por Flávio para mudar sua versão. Na ocasião, os dois estavam no Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. Lucas foi transferido para o presídio Tiago Telles, em São Gonçalo.

Meses depois, em dezembro de 2019, o TJRJ determinou expressamente que Flávio fosse transferido para a penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, unidade de segurança máxima conhecida como Bangu I e localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó. Ao tomar conhecimento de que essa transferência não ocorreu, a juíza Nearis Arce também reiterou a ordem na decisão de ontem. “Oficie-se ao Diretor da Seap, determinando o imediato cumprimento daquele decisório, com a devida transferência do acusado a área de seguro de Bangu I, sob pena de imputação de crime de desobediência.”

Procurada, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não se posicionou acerca da decisão.

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