Um suposto esquema de ‘rachadinha’ para desviar dinheiro público da Saúde do Rio, através de repasses do Fundo Estadual de Saúde a sete prefeituras, foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder da organização criminosa.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou mais um suposto esquema, a “rachadinha” funcionaria através de repasses do Fundo Estadual de Saúde, onde do total transferido para esses municípios, o grupo receberia de volta 10% do valor. Em tese, a divisão dos recursos seria feita pelo tamanho da cidade, mas isso não foi respeitado em todos os casos.
Edson Torres, apontado como operador financeiro do grupo, narrou que participou de reuniões. Entre os municípios que receberiam verbas estão: Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi, Itaboraí, Magé, Saquarema e São Gonçalo.
Saquarema – A Secretaria Municipal de Saúde de Saquarema, em resposta à reportagem, vem esclarecer que a citação do Município de Saquarema na delação indicada é absurda, sem nenhum lastro de verdade, não existindo qualquer motivo para tal inclusão.
O Município de Saquarema jamais recebeu do Fundo Estadual de Saúde do Rio de Janeiro qualquer verba de convênio ou cooperação técnica com relação à pandemia do Covid-19, tampouco qualquer verba relativa ao mencionado FINANSUS, e que o recurso estadual recebido para implantação de hospital de campanha (um milhão de reais) jamais foi utilizado, estando depositado integralmente em conta específica, e será integralmente devolvido aos cofres estaduais, até porque o valor repassado não seria suficiente para a implantação e manutenção de hospital de campanha em Saquarema.