O Governo do Estado e o Banco Nacional do Desenvolvimento(BNDES) definiram que, após o leilão, a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) venderá o metro cúbico de água para as empresas distribuidoras por R$ 1,70 nos quatro primeiros anos e R$ 1,63 após a revisão – acima dos R$ 1,46 propostos pelo banco e abaixo dos R$ 2,24 pedidos pela Companhia. O edital do leilão sairá no próximo dia 18.
De acordo com o governador em exercício, Cláudio Castro, a mudança, no entanto, não vai impactar no valor de outorga pedido, que continua sendo de R$ 10,6 bilhões.
“Nós observamos, nos últimos leilões e nos movimentos do mercado, que o cenário é favorável para investimentos em infraestrutura, inclusive com o registro de ágios bastante agressivos. Temos uma preocupação de garantirmos que a Cedae que sairá deste processo seja uma empresa saudável que não precise de aportes do estado para sobreviver. Até porque estamos falando de um estado que passa por uma recuperação fiscal e que tem muitos desafios econômicos pela frente. Sendo assim, optamos por ser mais conservadores com os valores, garantindo uma entrada financeira importante para os Estado e os municípios que participam do processo” explicou o governador em exercício, Cláudio Castro.
O governador em exercício ainda ressaltou que o Governo e o BNDES já estão preparando apresentações técnicas a investidores, para mostrar que, mesmo com as mudanças, será um excelente negócio para todos os envolvidos.
“Já temos todos os cálculos feitos. Se fomos mais conservadores com os valores, optamos por um risco calculado junto aos players do mercado de infraestrutura. E digo isto porque já recebemos consultas e fomos procurados. Sabemos do interesse que a concessão desperta e temos que ser responsáveis com um dos ativos mais importantes do Governo e, portanto, do povo do Rio de Janeiro”, disse Castro.
A Cedae continuará responsável pela produção de água nos sistemas Guandu, Imunana-Laranjal e Lajes, garantindo a segurança hídrica e comercializando a água tratada para as concessionárias que farão a distribuição.
As concessionárias farão a distribuição de água e a coleta e tratamento de esgotos em todo o Estado, assumindo a operação das ETEs que hoje estão sob administração da Cedae.