O cão Beiradinha, mobilizou por cinco dias os serviços do Corpo de Bombeiros, equipes da Coordenadoria de Proteção Animal de Maricá e a família de Henrique Carvalho, de 30 anos, que fabrica colchões de proteção para escalada, alpinista e morador de Itaocaia Valley, em Itaipuaçu, Maricá. Após ser salvo, Beiradinha não necessitou fazer qualquer esforço para conquistar o pessoal.
“O Beiradinha já é da família! Meu filho o resgatou e agora ele ganhou mais do que um lar temporário. Ele se deu bem com a gente, fica do nosso lado o tempo todo, faz pose para foto e é super dócil”, acrescentou Luciene.
Mais do que um novo lar, Beiradinha ganhou também atendimento veterinário. Nesta terça-feira, uma equipe da Coordenadoria de Proteção Animal da Secretaria de Saúde foi até o novo lar para fazer uma série de procedimentos, como vermifugar, dar suplemento e uma avalição veterinária. Durante 15 dias o cãozinho será avaliado e posteriormente será encaminhado para castração.
“O trabalho da nossa coordenadoria é ajudar e auxiliar com os resgatantes desses animais. A população ajuda muito com o apoio do Lar Temporário. É muito satisfatório quando temos esse trabalho voltado para o animal”, explicou a coordenadora Milena Costa.
Beiradinha retribuiu o carinho da acolhida e da visita. Fez pose para foto quando Luciene pediu, deitou para ser examinado no primeiro pedido da veterinária Ludmila Taveira e impôs respeito nos colegas da residência: nenhum dos sete gatos que frequentam a casa ocupam o sofá quando ele está.
Resgate- A história do resgate desse simpático cãozinho teve início na manhã de segunda-feira (04) quando uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi acionada para resgatar o animal que estava no costão da Pedra de Itaocaia Valley. Depois de muita procura os bombeiros acreditaram que Beiradinha já havia voltado para casa.
Mas nesta terça-feira (05) os moradores ouviram choro e latidos, e perceberam que o cão estava no mesmo local. Desta vez, a mobilização foi ainda maior e foi utilizado inclusive um drone, a pedido do alpinista Henrique Carvalho.
O voo do equipamento revelou o local onde o animal estava, mas o deixou assustado. O alpinista após escalar o costão até o ponto ainda precisou conquistar a confiança do cãozinho. “O Henrique teve de dar água e ração para ele deixar que se aproximasse”, conta a mãe do alpinista, Luciene Carvalho. O animal foi resgatado com o auxílio de uma bolsa feita pelo costureiro e especialmente adaptada, que ficou presa no gancho de um cabo de aço.