Chegou ao fim a fase de provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) edição 2020. E a abstenção bateu recorde; mais da metade dos candidatos decidiu não fazer a prova. Na média dos dois dias de exame, 53,4% dos estudantes não realizaram a prova, que é a porta de entrada na maioria das instituições públicas de ensino superior.
No segundo dia do exame, que aconteceu neste domingo (24), foram 55,3% de faltosos. No primeiro dia da prova, a abstenção já havia batido recorde, quando 51,5% optaram em não comparecer nos locais de prova.
A média histórica de abstenção no Enem, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, é de cerca de 27%. O recorde anterior havia sido registrado em 2009, com 37,7% de abstenção.
Apesar do recorde negativo, o presidente do Inep acredita que a edição 2020 do Enem foi “vitoriosa”. “Têm vários motivos que podem levar as pessoas a fazerem ou não a prova do Enem, é uma decisão individual e eu respeito a decisão individual das pessoas”, pontuou Alexandre Lopes.
“O que é importante é o Inep assegurar a oportunidade e isso nós fizemos. Conseguimos assegurar, no meio da pandemia, que 5,6 milhões pudessem fazer a prova e que 2,5 milhões fizessem as provas. Acho que isso é uma vitória”, analisou o presidente do Inep.
Vale lembrar que as provas foram aplicadas após diversas manifestações pedindo o adiamento do exame. Diversas ações foram interpostas na justiça, que negou os pedidos de adiamento.
Enem 2021 – Lopes confirmou a realização este ano do Enem 2021. Segundo ele, a prova deverá ocorrer no final do ano, entre novembro e dezembro. A autarquia se prepara para realizar o exame novamente em um ambiente de pandemia.
“Vamos fazer o Enem no final do ano, também no ambiente de pandemia. Entendemos que a aplicação do Enem em novembro, dezembro será sob a cortina da pandemia. Em breve, soltaremos o edital do Enem 2021. Precisamos começar agora a preparar a aplicação do Enem”, diz.