O Coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, Carlos Brizola Neto, reafirmou nesta terça-feira (23) o compromisso de diálogo permanente com categorias laborais e propôs soluções conjuntas para a crise econômica e os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A reunião aconteceu nesta terça-feira (23) e agrupou lideranças do Fórum Intersindical do Leste Fluminense para ouvir a pauta dos trabalhadores.
No entanto, dezenas de entidades ficaram de fora do convite do coordenador que não abrangeu diversas categorias representadas em Niterói. Os sindicatos que não participaram cobram do novo coordenador a reativação do Conselho Municipal de Trabalho e Renda.
Estiveram presentes 20 líderes sindicais de setores como construção civil, indústria naval, metalurgia, vestuário, água e esgoto, postos de gasolina e prédios e condomínios, entre eles. Um dos assuntos foi a retomada do desenvolvimento econômico do município, com investimentos para a geração de empregos.
O coordenador destacou o papel da prefeitura na execução de projetos com potencial de abrir novas frentes de trabalho a curto prazo, como é o caso da construção civil.
“Existe hoje um conjunto de obras públicas planejadas pelo governo municipal — entre elas, a revitalização do Centro e da Alameda São Boaventura, e a urbanização de favelas — que além de gerar empregos, terá um impacto socioeconômico significativo para a cidade e para os habitantes de toda a região”, afirma.
Ainda esta semana, Brizola Neto terá uma reunião com o secretário de Obras e Infraestrutura, Vicente Marins, para aferir o impacto das obras programadas pela prefeitura na contratação de trabalhadores diretos. Segundo ele, Niterói perdeu 20% dos empregos formais desde 2016. Apenas na indústria naval, que concentrava grande parte da mão de obra local, registrou-se uma queda de 170 mil para 139 mil postos de trabalho.
“Em 2020 houve uma pequena recuperação dos estaleiros em Niterói. Não existem mais as grandes encomendas de plataformas, mas o setor vem se sustentando com a construção de pequenos e médios barcos de apoio, e com a execução de reparos navais. O setor naval já representou 10% dos trabalhos formais na cidade. Hoje representa menos de 5%”, comenta.
Outra preocupação do Coordenador de Trabalho e Renda é com a qualificação profissional. Segundo ele, já existem boas iniciativas, mas que precisam ser ampliadas. Uma das ideias é aproveitar os espaços do prédio do Sindicato dos Operários Navais e do Sindicato dos Metalúrgicos para cursos de capacitação, de acordo com a demanda dos setores que estão empregando.