Desde que foi anunciada a prorrogação do Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT), mas com valor menor do que vinha sendo pago, uma grande mobilização tomou conta das redes sociais para a manutenção do benefício no valor de R$ 1.045. Até mesmo um abaixo-assinado foi elaborado para pedir que o benefício siga no valor anterior. Mas, apesar desse anseio, a análise que foi feita é que a economia da cidade já suporta uma redução do valor.
“Maricá vive um novo momento econômico. Quando a gente implementou o PAT, vivíamos um momento de comércio fechado, restrições de funcionamento. Não é mais esse o momento que estamos vivendo. Estamos com as atividades liberadas, e temos dados que apontam que a economia está respondendo a esse estímulo”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Econômico Igor Sardinha ao ErreJota Notícias.
O secretário, responsável tanto pelo PAT, quanto pelo Programa de Amparo ao Emprego (PAE), acredita que, apesar do momento de reestruturação econômica local, a cidade ainda necessita desses programas ativos. “Isso não quer dizer que temos que abrir mão das medidas emergenciais. O cenário ainda é de preocupação e imprevisível. Mas não podemos falar que, economicamente, estamos passando pelas intemperes e tempestade daquele momento de implementação. O PAT permanece, mas recalibrado, alinhado ao momento econômico”, ressaltou.
Sardinha destacou que o benefício ainda possui valor superior quando comparado com outros programas emergenciais de transferência de renda. “Não existe nenhuma outra cidade do país, nem mesmo os Governos Federal e Estadual, que pague um benefício maior do que esse ‘novo PAT’. O programa continua, oferta benefícios para além da média, mas se adequando a uma questão nova no que diz respeito a atividade econômica”, lembrou.
O comandante do Desenvolvimento Econômico da cidade lembrou, ainda, que esses são programas emergenciais, ou seja, terão fim após a pandemia do novo Coronavírus. “O PAT e o PAE não são programas que vieram para ficar para sempre. São programas emergenciais. Eles nasceram sabendo que um dia iriam morrer. Ao contrário do Renda Básica da Cidadania, que é algo permanente”, destacou.
“Cartão Mumbuca” – Outro benefício que teve um realinhamento de valor é o Renda Básica da Cidadania (RBC), popularmente conhecido como “Cartão Mumbuca”. Durante o momento mais crítico da pandemia, foi pago o valor de R$ 300 por integrante do grupo familiar. A partir de abril, o benefício perde o bônus emergencial, mas será reajustado definitivamente para R$ 170 por integrante do núcleo familiar.
“Vale lembrar que foi anunciado um reajuste no RBC. Não serão mais os R$ 300 do momento emergencial, mas também não volta para os R$ 130 iniciais. Ele teve um aumento muito além da inflação do período e chegou a R$ 170”, disse Igor Sardinha.