As mutações sofridas pela Covid-19 vem crescendo, em especial no Brasil, o que desencadeou cepas mais virulentas, com maior potencial de contaminação, o que inclui pacientes mais jovens e com evolução clínica mais rápida. Em Maricá, a percepção do aumento dos casos e a mudança de perfil acontece em outro ritmo quando comparado a São Paulo capital e cidade do Rio de Janeiro. Parte disso, pelas medidas de mitigação implementadas no município e parte pelo menos densidade de fluxo entre cidades.
Mesmo apresentando um ritmo mais lento, a cidade já registra uma leve mudança na faixa etária de contaminados e internados. No Hospital Municipal Ernesto Che Guevara, onde concentra-se o maior número de leitos para tratamento de Covid-19, a média de internação por idade no mês de março é de 59 anos, apresentando aproximadamente 18% dos pacientes com menos de 45 anos. Em fevereiro, o número de pacientes com menos de 45 anos foi de 10% do total, o que demonstra uma possível mudança de perfil, ainda sem quantitativo que permita afirmar estatisticamente uma alteração significativa. Já a média de internação por idade no mês de fevereiro foi de 70 anos.
Boletim – Maricá registrou, até a última quarta-feira (17), 11.670 casos confirmados e 264 óbitos por Covid. Estão curadas da doença 11.198 pessoas e há no momento 208 casos ativos, além de 10 óbitos em análise pela Secretaria de Estado de Saúde.
Ocupação dos leitos – A taxa de ocupação de leitos disponíveis para Covid-19 no período de 10/03 a 16/03 dos hospitais Conde Modesto Leal e Dr. Ernesto Che Guevara foi de 40,8%, sendo 37,6% de pacientes de outros municípios. Na semana anterior, a taxa foi de 28,86%, sendo 20,79% de pacientes de outras cidades.
Bairros com mais casos – De acordo com o boletim epidemiológico, os bairros com mais casos registrados desde o princípio da pandemia são: São José do Imbassaí (697); Inoã (630) e Centro (479). O 1º distrito (Sede) é o que apresenta o maior número de óbitos, 131 mortes, o que corresponde a 49,6% de toda cidade.