O Estado do Rio vai monitorar a evolução das variantes da Covid-19. O estudo, que busca entender mais sobre as modificações sofridas pelo SARS-CoV-2, será um dos maiores na área de sequenciamento do vírus da Covid-19 do país, com a análise de 4.800 amostras nos próximos seis meses.
De acordo com a secretaria estadual de Saúde, o objetivo é melhorar ações epidemiológicas e possibilitar a ampliação precoce de números de leitos e de medidas restritivas. Para o secretário da pasta, Carlos Alberto Chaves, a medida pode ser um importante instrumento balizador de políticas públicas, caso a doença continue a circular mesmo após a vacinação em massa.
“Como acontece com a gripe, a Covid-19 pode se tornar um vírus de circulação sazonal, com mutações genéticas. É fundamental ampliar os estudos para que, cada vez mais, possamos agir de forma antecipada. Por exemplo, se o mundo soubesse mais sobre a variante P1, que tem se mostrado mais contagiosa, poderia ter aberto leitos com mais antecedência e reforçado protocolos como etiqueta respiratória e distanciamento social”, afirmou o secretário.
Estudo – Atualmente, o estudo está na fase de compras de insumos e separação de amostras. O objetivo é que os primeiros vírus sejam sequenciados na segunda quinzena de abril.
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES e idealizadora da pesquisa, Cláudia Mello acredita que a ciência seja o principal caminho neste momento.
“Em pouco menos de um ano, vimos a ciência desenvolver vacinas contra um vírus que se tornou a pandemia do século. Agora, precisamos nos aprofundar em diversas perspectivas sobre esse coronavírus. Tenho certeza de que esse estudo também irá colaborar para um maior entendimento e fazer com que a gente volte a ter uma vida normal”, acredita Cláudia, que tem como parceiros no estudo os pesquisadores Ana Teresa Vasconcelos (LNCC) e Amilcar Tanuri (UFRJ).