A Universidade Federal de Minas Gerais divulgou estudo nesta quarta-feira (07/04) em que detectou uma nova cepa do vírus Sars-CoV-2 (Covid-19) que pode ter uma combinação com 18 mutações diferentes e ainda não descritas em outras pesquisas.
Entre essas mutações estão algumas compartilhadas com as variantes brasileiras P1 (originada em Manaus) e P2 (Rio de Janeiro), com a sul-africana B.1.1.351 e com a britânica B.1.1.7., todas associadas a uma maior transmissão.
De acordo com os cientistas, a nova variante é potencialmente perigosa. O risco maior de agravamento também é investigado. A descoberta foi feita por pesquisadores do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e do Setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Pardini, em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a prefeitura de Belo Horizonte.
A nova variante, que pode vir a ser chamada de P4, parece ter a mesma origem que a P1 e a P2, afirma a coordenador do estudo, Renato Santana, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os cientistas acreditam que ela pode estar em circulação em outras cidades de Minas Gerais, além da capital. Belo Horizonte vem sofrendo nos últimos dias com a alta de casos e falta de leitos para pacientes da Covid-19.
O que preocupa, segundo Santana, é que possivelmente a variante ainda está começando a se espalhar. Foi identificada em dois de uma série de 85 genomas analisados.
