O Dia Internacional da Enfermagem comemorado nesta quarta-feira (12). Mais de 2 mil profissionais da área atuando em hospitais, unidades de pronto atendimento, policlínicas, unidades básicas, programa médico de família e SAMU atuam em Niterói. São equipes dedicadas que executam um trabalho incansável, inclusive na pandemia de Covid-19.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, lembrou a data e agradeceu a cada profissional da categoria que vem se desdobrando no serviço à população de Niterói.
“Gostaria de agradecer a todos e todas que se dedicam diariamente nesta batalha pela vida em nossa cidade, por meio de um ofício humanizado, com carinho e respeito com cada cidadão. Além do histórico trabalho de preservação da vida ao longo dos anos, as equipes de enfermagem têm sido fundamentais para salvar a vida de milhares de niteroienses nesta pandemia que estamos enfrentando. Tem sido um período muito cansativo, mas o trabalho exemplar dos profissionais da rede municipal de saúde marcará para sempre as nossas vidas”, enalteceu.
Também reconhecendo e elogiando a classe, o secretário municipal de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, destacou a importância dos profissionais.
“A enfermagem é essencial para garantir prevenção e promoção à saúde e para salvar vidas. No dia internacional da enfermagem, quero parabenizar todos os profissionais dessa categoria fundamental para a saúde da população e para o SUS. Quero agradecer o trabalho incansável que cada um de vocês dedica para melhor atender a população de Niterói”, agradeceu o secretário.
Profissionais da Rede Pública – Peças fundamentais no dia-a-dia da saúde cidade, a enfermeira Adriana dos Santos Silva, do Hospital Municipal Carlos Tortelly, Teresa Cristina Gonçalves, da Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva, e Maria Auxiliadora Coutinho, do SAMU, contaram um pouco sobre suas experiências, representando todos os profissionais da área em Niterói.
Adriana, de 49 anos, é enfermeira há 5 anos. A profissional de saúde passou por áreas importantes como classificação de risco, clínica médica, emergência, e, atualmente, está na supervisão do Hospital Municipal Carlos Tortelly. Ela se emocionou ao contar da escolha pela enfermagem.
“Eu costumo brincar que não somos nós quem escolhemos a enfermagem, ela que nos escolhe. Fico até emocionada em falar, pois a enfermagem é paixão, é cuidar da vida de cada pessoa que passa pelas nossas mãos como se fossem a nossa. Na enfermagem estamos no cuidado do nascer ao decorrer da vida até a morte. Tenho certeza que cada um que veste a camisa da enfermagem tem o único desejo de recuperar e salvar o maior número vidas possíveis”.
Adriana deixou um recado para toda a população e reforçou o seu compromisso em cuidar do próximo.
“Estamos em um momento muito complicado, colegas exaustos, outros doentes, muitos que se foram lutando ou perderam alguém querido. Então se você conhece algum profissional dessa área, não poupe o carinho e a atenção. E podem contar conosco, estaremos sempre aqui por vocês”, disse a enfermeira.
Já Teresa, de 50 anos, é enfermeira há 12. Teresa está desde o começo da pandemia, em março do ano passado, lotada na Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva, no Centro. A unidade está diariamente atendendo casos suspeitos da Covid-19 e realizando a vacinação contra a doença, área que a profissional está diretamente envolvida. Segundo ela, a paixão por cuidar do próximo foi fundamental na escolha por estar na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus.
“Quando começou a pandemia, eu tinha acabado de pedir demissão de um emprego e estava em casa me preparado para outro trabalho burocrático, que não tinha o contato com as pessoas. Logo que vi que a situação era bem séria, decidi que deveria atuar na linha de frente contra o vírus, senti que a população estava precisando, mais do que nunca, do meu trabalho e dos meus colegas. Passado um ano, eu tenho a certeza que fiz a escolha certa. Eu acho que se não vivesse isso não seria uma profissional completa”, comenta.
Teresa tira a pandemia como lição no aspecto do sentimento como profissional e na valorização da sua categoria.
“Nesse momento tão difícil, me fortaleço na vontade de ajudar o próximo ao sair de casa todos os dias. É emocionante deixar minha família em casa e poder diariamente compartilhar a emoção de alguém que está recebendo a imunização contra esse terrível vírus. Além desse sentimento pessoal, me alegra saber que no meio de todo esse trabalho incansável a evidência que a nossa profissão alcançou vai ajudar e muito no reconhecimento do nosso trabalho”, defendeu.
Maria Auxiliadora, a Dora do SAMU, traz a sua visão enquanto trabalhadora de serviço móvel e deixa uma mensagem para todos os colegas da área.
“Estamos ligados na sirene para ir de encontro onde o paciente está. Faça chuva ou faça sol e seja em qual ambiente for. Nós, enfermeiros, estamos sempre cuidando das famílias, seja qual for a adversidade. Temos que ter em mente que ao cuidar dos outros estamos cuidando dos nossos, de entes queridos. Desse modo fica muito mais fácil o trabalho”, concluiu.