Foram encontrados os corpos dos funcionários que haviam desaparecido após o dique flutuante do estaleiro Enabi/Renave afundar na tarde desta segunda-feira, 26, em Niterói.
As vítimas foram identificadas como Nilo de Paula, de 78 anos, e José Henrique da Silva, de 45 anos. Bombeiros do Destacamento de Niterói e equipes do grupamento marítimo da Barra da Tijuca e de Botafogo realizaram as buscas pelos dois funcionários.
O estaleiro fica na Ilha da Conceição, próximo à ponte Rio-Niterói e é o maior estaleiro de reparos navais da América Latina. O acidente aconteceu em um dos quatro diques flutuantes usados para manutenção de embarcações.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Edson Rocha, questiona os testes feitos pela empresa antes de colocar o dique na água.
“Como o dique fica ao lado da água salgada, realmente a aparência dele não é muito agradável. Mas desde a reclamação começamos a questionar a empresa. No entanto, a Enavi/Renave repassava ao sindicato que estava tudo sob controle”, lembrou Edson.
De acordo com a Enavi/Renave, a diretoria da companhia já está reunida para debater o ocorrido. O caso está sob investigação pela 78ª DP (Fonseca).
A Marinha do Brasil também emitiu uma nota sobre o caso:
“Será instaurado um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN). Após concluído e cumpridas as formalidades legais, o IAFN será encaminhado ao Tribunal Marítimo (TM) para devida distribuição e autuação, dando vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei no 2.180/54, que dispõe sobre o Tribunal Marítimo. Caso seja requisitado, o inquérito administrativo poderá ser disponibilizado à Autoridade Policial” disse a nota.