As obras do Molhe do Recanto, paralisadas desde o princípio de agosto por conta de falta o licenciamento, segundo a Polícia Federal, ganhou novo capítulo. Desta vez, a população local abriu uma petição online onde busca apoio junto aos órgãos ambientais para liberação e conclusão da obra.
Na época do embargo, a Prefeitura informou que a solicitação dessa nova licença já estava em estudo pelas equipes do Executivo municipal e seriam devidamente apresentadas aos órgãos para continuidade do projeto.
A petição disponível na internet pede o apoio popular para que seja liberada a máquina da Prefeitura de Maricá para que seja efetuado o desassoreamento do Canal do Recanto de Itaipuaçu. Além disso, a petição pede o retorno das atividades na obra do Molhe, com as devidas liberações.
De acordo com o ambientalista Gerhard Sardo, caso a obra não seja retomada tão logo, o trecho já concluído poderá ser destruído por força das marés, visto que, criou condições desfavoráveis para sua adequada conservação. Nesta última semana blocos de rochas se desprenderam do trecho com a força das ondas.
“Antes dessa proposta avançar sobre o mar, fiz minhas considerações técnicas e legais para que não ocorressem constrangimentos, considerações essas que, inclusive, já foram expressas em artigo que publiquei aqui e em matéria jornalística amplamente divulgada que não vou mais adentrar. Se fomos surpreendidos pela sucessão dos acontecimentos que paralisaram a obra e consequentemente o dramático resultado originado pela força das ondas, cabe ressaltar, contudo, que a dispersão dos blocos de rocha não teria ocorrido se o molhe tivesse avançado mais alguns metros no sentido sul/sudoeste, que, inevitavelmente, quebraria a força das ondas de sentido sudeste (que agiu intensamente nesse período de dispersão dos blocos de rocha)”, disse.
Gerhard completa ainda falando da necessidade de retomada das obras.
“Nunca refutei a necessidade do devido licenciamento ambiental da construção marítima em discussão, mas seu embargo indefinidamente não poderia gerar outro resultado senão a destruição do mesmo por força das marés, porque criou condições desfavoráveis para sua adequada conservação. Urge, portanto, a necessidade da conclusão do molhe, para que tenhamos a clareza do projeto executado conforme o previsto para o local”, concluiu.
Ouvido pela nossa equipe de reportagem, o presidente da Autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar), Renato Machado, esclareceu que ainda aguarda os tramites legais das licenças para a retomada da obra.
“Estamos terminando algumas exigências e tão logo tenhamos respostas retomares a obra, mas seguimos sem previsão”, disse Renato Machado.
Endereço da petição:
