Foram retomados nesta sexta-feira (26) os projetos da secretaria de Proteção e Defesa Civil de Maricá; os eventos aconteceram na Praia de Ponta Negra e contaram com a presença da primeira-dama, Rosana Horta.
As atividades dos projetos Onda Certa, Surf Salva e Tô na Orla, na Praia de Ponta Negra, têm como objetivo treinar alunos de escolas municipais para enfrentarem situações de emergência no mar, ensinar técnicas de primeiros socorros a surfistas da região e oferecer suporte às pessoas com deficiência (PCDs), proporcionando o lazer com segurança, por meio do acompanhamento dos salva-vidas.
Vagas para projetos – Nessa etapa, 20 vagas foram disponibilizadas para o “Onda Certa” e outras 20 para o “Surf Salva”, onde apenas praticantes da modalidade participam. Em relação ao “Tô na Orla”, um grupo de pessoas surdas participaram do primeiro dia da ação, acompanhadas de intérpretes de libras do Centro de Referência em Políticas Inclusivas de Maricá (CRPI). Nas próximas semanas, pessoas com outras deficiências farão parte das atividades, tendo à disposição, inclusive, uma cadeira de rodas anfíbia aos deficientes físicos.
O secretário de Proteção e Defesa Civil, Fabricio Bittencourt, garantiu que o retorno dos projetos é de extrema importância, integrando benefícios à saúde e inclusão social, com a expectativa de maior oferta de vagas no próximo ano.
“Nesta sexta-feira retomamos os projetos nas praias com toda a segurança. As crianças de Ponta Negra aprenderam com o Onda Certa, o Surf Salva integrou os surfistas da região e o Tô na Orla, que junto à Secretaria de Políticas Inclusivas, trouxe os surdos para terem um momento de lazer com todo o suporte. As inscrições já foram preenchidas, mas, em 2022, pretendemos oferecer 400 vagas às crianças no Onda Certa e a ampliação também do Surf Salva”, reforçou.
A secretária de Políticas Inclusivas, Sheila Pinto, esteve na abertura do projeto e destacou o impacto do “Tô na Orla” na realidade das pessoas com deficiências.
“A nossa secretaria tem um projeto chamado Praia Acessível e decidimos unificá-lo com o Tô na Orla. Trouxemos um grupo de pessoas surdas para entrarem no mar com segurança, buscando também a capacitação dos salva-vidas para atendê-los. Dessa forma, promovemos o lazer a toda a população com deficiências”, acrescentou.
Surf Salva beneficia praticantes do esporte – O projeto Surf Salva teve a presença dos 20 alunos no retorno às atividades. No local, surfistas com idade a partir de 16 anos, receberam ensinamentos de primeiros socorros para ajudar banhistas que estejam se afogando ou outros esportistas em momentos de dificuldade, no caso de não haver salva-vidas por perto.
Representante do surf feminino na capacitação, Luana Marinho, de 36 anos, afirmou que a primeira aula trouxe ensinamentos importantes, ajudando no auxílio a outros colegas em dificuldade.
“É muito legal ter esse projeto aqui, eu aprendi bastante. Com o que vimos hoje, podemos prestar um suporte de urgência no mar até a chegada do salva-vidas, o que é importante principalmente a um surfista que se encontra na faixa após a arrebentação”, ressaltou.
Onda Certa leva aprendizados a estudantes – Os estudantes da Escola Municipal Reginaldo Domingues dos Santos, em Ponta Negra, foram os beneficiados com as vagas para a edição deste ano do Onda Certa. Na praia do bairro, alunos de 8 a 17 anos receberam orientações sobre boas práticas no mar e atitudes necessárias em situações de urgência.
A aluna do 5° ano do ensino fundamental, Ana Julia Costa, de 12 anos, disse que ser parte do projeto é uma nova oportunidade, unindo diversão e treinamento, para aproveitar a praia com segurança.
“Estou me divertindo nessa atividade. Nunca tive essa oportunidade em outras escolas, porque morava em outra parte do estado do Rio, então achei bem interessante. Venho sempre à praia, mas não sei nadar, então essa orientação ajuda bastante”, afirmou.
“É muito bacana participar desse projeto. Hoje, aprendi a entrar no mar com segurança e da forma certa, assim me sinto mais segura em todas as vezes que eu vir à praia com minha família”, completou Marina Gaiger, de 11 anos, também cursando o 5° ano.
Tô na Orla promove inclusão a PCDs – O grupo de pessoas com deficiência visual aproveitou a oportunidade promovida pelo “Tô na Orla”, recebendo orientações dos salva-vidas e o acompanhamento deles durante o banho de mar. Remo Corrêa, de 32 anos, foi um dos assistidos e disse, por meio da intérprete de Libras do CRPI, que o suporte oferecido é um diferencial.
“A pessoa quando chega na praia e vê o mar batendo se assusta, mas o acompanhamento dos salva-vidas torna tudo mais fácil. É muito importante evitar acidentes e com um profissional ao lado, me sinto melhor para entrar no mar, podendo receber um atendimento de urgência caso seja preciso”, concluiu.