De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maricá alcançou o maior crescimento na participação do Produto Interno Bruto (PIB) de todo o país, com aumento de 0,5 ponto percentual (p.p.) entre 2002 e 2019. O município é o único no Brasil a praticar a transferência de renda à população com uma série de iniciativas sociais e econômicas.
A criação da moeda social (Mumbuca) é um dos principais fatores determinantes para transferência de renda básica aos cidadãos que mais precisam, estabelecendo um círculo virtuoso para moradores e, por tabela, aos cofres públicos.
A determinação do prefeito Fabiano Horta, é propiciar segurança alimentar, permitir que microempresários se fortaleçam e possam garantir suas rendas, enquanto, ao mesmo tempo, os empreendimentos passam a ser formalizados na Prefeitura, com pagamento de impostos.
“Junto a projetos agrícolas que estimulam a soberania alimentar, a política de transferência de renda básica aos cidadãos é moeda que vai direto para o bolso de quem mais necessita, e acaba voltando positivamente aos cofres da gestão pública. Em Maricá, nós fortalecemos programas econômicos e sociais durante a pandemia, mas uma base social e econômica sólida já havia sido plantada antes, a partir da determinação de iniciar a transferência de renda desde 2013, portanto, três anos antes de o município dispor de receitas de royalties do petróleo”, afirma Fabiano, destacando que foi também em gestão do PT a iniciativa.
Entre 2018 e 2019, Maricá também se destacou no PIB
De acordo com o IBGE, após o primeiro lugar de Maricá, vem Osasco (SP) com o segundo maior crescimento do PIB do país entre 2002 e 2019, com incremento de 0,3 p.p., puxado pelos serviços sobretudo por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Niterói (RJ) está na terceira colocação, com ganho de 0,3 p.p. em função da extração de petróleo.
Segundo o levantamento, entre 2018 e 2019, Maricá também ficou entre os municípios com maior ganho de participação no PIB do Brasil, ao lado de São Paulo (SP), Saquarema (RJ), Parauapebas (PA), Brasília (DF) e São José dos Pinhais (PR), cada um com acréscimo de 0,1 p.p.
Receita do sucesso econômico
O secretário de Planejamento, Orçamento e Fazenda, Leonardo Alves, fez uma análise de fatores que contribuíram para o resultado positivo de Maricá.
“A melhora da economia ocorreu a partir do incremento da moeda Mumbuca e da disponibilidade da linha de crédito para o comércio local. Nos dois anos de pandemia, conseguimos injetar na economia recursos que estimulam o crescimento econômico e o aumento na empregabilidade”, disse. “Além disso, trabalhamos para o aumento da arrecadação”.
Maricá aumentou empregabilidade na pandemia
Entre março de 2020 e fevereiro de 2021, quando milhares de vagas e empreendimentos foram fechados por causa da pandemia de Covid-19, Maricá criou 1.077 postos de trabalho a mais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Além disso, nos últimos seis anos, Maricá subiu 50 posições no Índice de Participação dos Municípios (IPM) do Estado. Saiu da 53ª posição para a terceira no ranking divulgado pela Secretaria estadual de Fazenda (SEFAZ), atrás apenas da capital fluminense e de Duque de Caxias. A arrecadação saltou de R$ 31 milhões, em 2015, para R$ 372,7 milhões nos oito primeiros meses de 2021, em plena pandemia, quando a maioria dos municípios brasileiros sofreu uma queda.