São Gonçalo é uma das 16 cidades que fazem parte do Programa Florestas do Amanhã e vai colaborar com a recuperação florestal do País. Serão 2,5 milhões de mudas plantadas por todo o Estado para reflorestar 1,1 mil hectares de Mata Atlântica. Em São Gonçalo, já foram replantadas mais de 81.300 mudas.
O programa prevê o plantio e manutenção de árvores nativas da Mata Atlântica na Fazenda Colubandê, Morro da Matriz, APA do Engenho Pequeno, APA das Estâncias de Pendotiba, APA do Alto do Gaia e também a área do Instituto Gênesis, contemplando um espaço de quase 2 milhões de metros quadrados de área reflorestada, pelo período de quatro anos.
“É o maior programa de reflorestamento que a cidade já recebeu. Este instrumento norteará a forma de se planejar e cuidar dos remanescentes de Mata Atlântica presentes em São Gonçalo. Isso vai preparar a cidade para o enfrentamento das questões ligadas à emergências climáticas”, ressalta o subsecretário de Meio Ambiente, Gláucio Brandão.
Além da restauração de parte da Mata Atlântica – um dos biomas mais ricos em diversidade do mundo e o segundo mais ameaçado de extinção – a iniciativa tem um grande impacto na economia do Estado, pois está gerando empregos e renda para a população.
De acordo com Gláucio, a área da APA de Itaoca, que equivale a 250 hectares a serem reflorestados, seria a mais afetada com os impactos do aquecimento global. De acordo com o último Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2021 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a promessa climática para 2030 é o aumento de até 2,7ºC na temperatura.
“Com isso, o município de São Gonçalo perderia cerca de 20% do seu território, que é justamente a área de Itaoca. Por isso o Florestas do Amanhã é tão importante, porque com ele estamos tentando compensar,emum futuro próximo, a perda da biodiversidade dessa área”, completa.
Com o programa, o Estado do Rio vai se tornar o primeiro a cumprir o Acordo de Paris, que é um tratado mundial com o objetivo de reduzir o aquecimento global.